01 fevereiro, 2023

Maria Eunice - por Jussara Burgos



Em Custódia no dia vinte e cinco de julho do ano de 1921, um domingo, Anna Pereira da Silva, esposa de Antônio Remígio da Silva completava vinte e um anos de vida. Deus a presenteou com o nascimento de sua primeira filha, Maria Eunice. A menina nasceu às vinte e três horas.

Ela era a segunda filha do casal. José foi o primeiro, depois de Maria, nasceu Claudionor, Murilo e Maria Dulce.

Maria Eunice casou-se no dia 27/11/1948 com o rapaz de Pesqueira, Miguel Vasconcelos. Morou inicialmente da cidade natal de seu esposo e depois no Recife. Nasceu dessa união Ana Maria no dia 15/01/1950 em Custódia na casa de sua mãe. A menina veio falecer no dia 13 de fevereiro do mesmo ano. Deixando sua Maria Eunice bastante sofrida. Seu casamento não deu certo e assim ela voltou para Custódia, onde trabalhou na Prefeitura Municipal como escrituraria.

Dona de muitas habilidades tornou-se eximia confeiteira, fazia bolos artísticos para casamentos. Zita Queiroz e Noeme Sá foram agraciadas com essas obras de arte no dia de suas núpcias. Era excelente bordadeira e fazia crochê com perfeição.

Na década de setenta, Maria Eunice mudou para a cidade de Euclides da Cunha na Bahia para ficar perto de sua irmã Dulce, onde acompanhou o crescimento dos sobrinhos e sobrinhos netos. Viveu na casa de sua irmã e depois com a sobrinha Marília até ontem (18/02/2013) quando veio falecer. Marília a tratou como muito zelo e amor. Sua velhice foi cercada de carinho.

Fica a saudade e os bons exemplos de uma pessoa digna. Aprendi com Madrinha Maria Eunice ter zelo pelos objetos da família, guardo com carinho tudo que ela me presenteou. Sou confeiteira graças a sua influência, quando menina eu achava mágico a construção de um bolo. Vou sentir saudades cada vez que ver seus preciosos bordados, cada vez que puder sobre as camas as lindas colchas feitas por mãos de fada e relíquias que foram sua.

Não digo ADEUS, digo que Há Deus. Até um dia Madrinha. Vá em paz.



“No processo lindo que te conheci
Mil razões eu tenho pra não te deixar
Na vida eu estou, da vida eu sai
Na vida eu irei te encontrar.”

                     Oliveira de Panelas


Texto: Jussara Burgos

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