11 julho, 2020

Documentário "Alumia" rodado no sítio São Francisco

PARTE 1

Documentário ALUMIA mostra a vida dos moradores do Sítio São Francisco em Custódia, onde não havia energia elétrica até seis meses após as filmagens do filme em 2006. 

A simplicidade e a esperança são a marca principal daquelas pessoas.

PARTE 2

PARTE 3

PARTE 4

PARTE 5

A vida sem energia elétrica, sem televisão, sem internet, completamente alheia ao ritmo de vida e às relações humanas nos grandes centros urbanos, longe dos apelos comerciais da mídia. 

Em fevereiro de 2006, duas cineastas, Andrea Ferraz e Carol Vergolino, resolveram fazer um retrato da comunidade do Sítio São Francisco, nas proximidades de Custódia, a 340 quilômetros de Recife, no sertão pernambucano, um pequeno vilarejo onde ainda não havia chegado a energia elétrica até então. Vinte famílias, cujo único contato com a cidade se dava de tempos em tempos em dia de feira na cidadezinha mais próxima, falam sobre suas rotinas e suas concepções de vida. 

O resultado desse contato, o documentário Alumia, é um registro único: seis meses após as filmagens a energia elétrica chegou ao Sítio São Francisco. Num local onde a febre do consumo desenfreado não é lei, muitas vezes nos surpreendemos ao encontrar definições das palavras “riqueza” e “felicidade” que passam longe de ter o carro da vez, apartamentos milionários, roupas e acessórios da moda. Felicidade e riqueza é ter uma família, saúde, trabalho e fé. Ter muito dinheiro e bens, para estas pessoas simples e batalhadoras, atrai infelicidade, insegurança, violência, inveja. 

As grandes cidades poderiam ser uma esperança de vencer na vida, mas hoje representam lugares barulhentos, perigosos e com condições precárias de trabalho. Eles apreciam “não serem mandados de ninguém”, poderem escolher quando e como trabalhar. No Sítio São Francisco, cultivam pequenas plantações, criam animais e queimam lenha para fabricação de carvão para venda: apenas o necessário para sobreviver modestamente. O grande problema não é a pobreza, mas as secas implacáveis que afligem a região. 

Em suas casas, essas pessoas falam ainda de amor, casamento, solidão, medo, esperança, fé, suas ideias da morte e do que há depois dela, céu, inferno, fim do mundo, natureza, futuro e o que imaginam que representa e que trará a chegada da energia elétrica na região. Os depoimentos são permeados por uma bela fotografia que aproveita a iluminação natural e as paisagens típicas do sertão nordestino. 

As imagens noturnas testemunham a rotina dos moradores: a falta de luz elétrica aproxima muito mais as pessoas para uma boa conversa em torno do candeeiro.

TEXTO: SESC TV

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