Por Miguel Pedrosa
E na hora dezoito dos mistérios, com as seis badaladas de um sino,                                                             em que anjos entoam doce hino sobre almas postadas em reverência,                                                               é aí que se mostram as ausências de Olívias, Anitas e Corinas,                                                                                         de Quitérias, Marias e Olindinas, dedilhando os segredos do rosário,                                             transformadas em puros santuários, murmurando orações em bela rima. 
É a hora da prece e do perdão, evocando a beleza de um salmo:                                                                      “paz na terra àqueles que são calmos, pois que são os herdeiros dessa terra!”                                                                diluindo rancores, ódio e guerra e hasteando a bandeira da esperança,                                                 assumindo a pureza da criança e implantando o brasão da harmonia. 
Esqueceram? – “vós sois o sal da terra e se o sal não salgar, como se salga?”                                  São reflexos do Cristo em Sua saga de verdades, de dor e de paixão,                                                                        um apelo aos traços de união que se deve implantar aqui e agora,                                                                     não há mais tempo de espera ou demora, pois que urge implantar o reino eterno. 
E é na hora dezoito dos mistérios que as Olívias, Anitas e Corinas,                                                                                    as Quitérias, Marias e Olindinas, vão pedindo a Deus paz e concórdia,                                                                                           e que o futuro reserve pra Custódia, as noções do que o Mestre nos ensina.

A verve poética de Miguel Pedrosa é de uma sensibilidade que emociona até as pedras.A leitura exige silêncio absoluto, tal qual as demais aves calam-se diante da beleza do canto do uirapuru.
ResponderExcluirParabens Pedrosa, Deus foi generoso com vç. e por extensão com todos os custodienses.
Fernando Florêncio
Ilheus/Ba