20 agosto, 2020

Hoje: Live "Como a sua embalagem pode te ajudar a ser competitivo"


PARTICIPE SE INSCREVENDO

O filme - Texto Jorge Remígio

foto: filme Cinema Paradiso (internet)

Texto: Jorge Remígio
João Pessoa - PB
Agosto/2020

O FILME 

Custódia. Transcorria o ano de 1963, eu tinha oito para nove anos e a Praça Padre Leão era da meninada, como o céu é do avião. Como era comum à época, vivíamos brincando nas ruas centrais da cidade e naquela manhã clara de um sábado ensolarado, a molecada enchia a praça com brincadeiras. Para citar algumas: como era bom o preso a favor, correr naquelas ruas escuras nos enchia de emoção. E o garrafão? Brincadeirazinha violenta, hein? Sentir aquela adrenalina ante o perigo de levar tapas e murros, entretanto, o gostinho de poder dar outros também era excitante. Jogar bola descalço sobre os paralelepípedos sem se importar com o perigo que o dedão do pé corria; guerrear com índios, bandidos e mocinhos; jogar bola de gude; pião; puxar carros de madeira; apostar corridas de prado; e o irreverente “boquinha de forno, forno, jacarandá, já, quando eu mandar, vou, e se não for? Bolo. Sinhô rei mandou dizer que fossem na bodega de seu Joventino e pegasse um punhado de farinha ou feijão”. Era o máximo essas peraltices infantis. Toda essa miscelânea de entretenimento se completava com o filme de final de semana, exibido no cinema de Zé de Izaías. Ficávamos esperando ansiosos pela colocação dos cartazes à frente do passeio público, entre o Clube e o Bar Fênix. 

Naquela manhã, corri para ver os cartazes já postos. Ao chegar, ainda ofegante pela disparada, tive que esperar duas adolescentes admirarem as cenas em fotografias, para também deleitar-me na imaginação, já prevendo um filme imperdível para a noite. Uma das mocinhas, da qual me lembro muito bem, era Lourdinha Leite, quem fez um comentário, no mínimo inusitado para a colega. Disse: “EITA FILME BOM DA GOTA, ESSE EU NÃO PERCO NEM QUE O CÃO BOTE O RABO NO MEIO”. Achei a coisa mais interessante daquela manhã. Quando as mocinhas saíram, fiquei esperando os parceiros chegarem, queria plagiar aquela pérola. Não demorou três minutos, lá estavam os contemporâneos, num misto de algazarra e observação. Esperei o momento certo para fazer o meu brilhante comentário. Então, sapequei: “EITA FILME BOM DA GOTA, ESSE EU NÃO PERCO NEM QUE O CÃO BOTE O RABO NO MEIO”. Não modifiquei nem a vírgula. 

“Ôba! A noite chegou”. Como já era o costume, me dirigi como um raio até a Rua da Bomba, cujo nome era devido ao funcionamento do Posto Shell e Posto Esso, naquela rua. Tenho boas lembranças da minha infância naquele local. Vivia em constante movimento, era efervescente, parecia estar desconectado de uma Custódia calma e bucólica nos primórdios dos anos sessenta. Caminhões passando, carros abastecendo, ônibus parando nos hotéis dos postos ou no Hotel Sabá e ainda tinha por ali, o Hotel de “Zabé”; Café da Hora; Farmácia; oficinas; a bodega do meu avô Samuel Carneiro; armazéns; borracharias; além de um barzinho colado ao Posto Esso, pequeno, mas aconchegante, onde o meu pai costumava tomar cervejas com os amigos. Logo após o posto fiscal, iniciava-se a subida de uma grande ladeira na direção de quem ia para a capital e um fato sempre me intrigava, mexia com o meu raciocínio lógico de criança de segunda infância: os motoristas de caminhões ao cruzarem com colegas, perguntavam: “Tá subindo ou descendo amigo?” Uns diziam, apontando na direção da grande ladeira íngreme: “Estou descendo”. Ficava pensando: “Mas como? Se tinha que subir a ladeira para ir ao Recife”. 

foto: filme Cinema Paradiso (internet)

Sim, voltando ao que me interessava naquele momento, comecei a procurar o meu pai, encontrando-o debaixo do seu caminhão Chevrolet. Acho que a bronca era grande, ele estava com um ajudante, que segurava um bico de luz que alumiava alguma parafuseta. Pelo semblante, observei que ele estava nervoso. Coisa rara, pois ele era uma pessoa muito calma. Então, me abaixei e falei uma frase que já havia sido repetida em mil sábados. “Pai, me dá dinheiro pra eu ir ver o filme” Ele de pronto, contrariando todo um histórico favorável, disse incisivo e forte “NÃO! Vá para casa menino”. Aquilo me causou calafrios, gelei, engoli seco, tentei me enganar fingindo não ter ouvido nada e tornei a repetir a mesma frase, porém, já sem muita segurança. “Pai, me dá dinheiro pra eu ir ver o filme”. Aí ele foi grosso mesmo e falou quase gritando. “MENINO! Vá para casa, senão você apanha”. Não havia mais espaço para argumentar nada. Fiquei sem ação, sem querer acreditar no que estava ocorrendo, aquilo fugia a tudo que eu poderia imaginar naquela noite. Saí cabisbaixo, contornei o final da Rua do Rio e ao pegar a Rua Padre Leão, em frente à Prefeitura, onde hoje fica o Banco do Brasil, veio-me à mente um estalo, levando-me de volta à bendita manhã daquele sábado ensolarado. “Eita! Foi o danado do cão. Será?” Hoje seria mera coincidência, mas para uma criança do interior no início dos anos sessenta, onde tínhamos uma ideia real do inferno sem nunca ter andado por lá, o fato ganha outra dimensão. As histórias de almas penadas, casas “malassombradas”, causavam pânico nas crianças, a sociedade praticava um catolicismo quase arcaico e de total hegemonia sobre outras religiões, as quais quase não existiam na cidade. A ideia do inferno ficou mais aguçada e aterrorizante em mim, quando, após uma aula de catecismo ministrada na matriz de São José por Dona Maria Josefina, essa convidou todas as crianças até a sua residência que ficava por detrás da casa paroquial. Seguimos em fila indiana para o casarão e após atravessarmos um longo jardim, adentramos em uma sala espaçosa com pouca luminosidade e cortinas pesadas. Notei que uma das paredes era repleta de quadros com fotografias de antepassados, o que dava um ar lúgubre ao ambiente. Dona Maria Josefina ausentou-se por pouco tempo, retornando em seguida com um grosso livro nas mãos, o qual foi apresentado às crianças bem comportadas e bastante curiosas pelo conteúdo. Deparamos com gravuras em bico de pena, onde a meninada pávida e atônita, via rios de sangue fervente, onde ardiam os culpados de violência contra o próximo, chuvas de brasas, almas penadas se contorcendo nuas em um fogo abrasador. Outras eram açoitadas por diabos com tridentes, torturadas por serpentes enroladas em corpos nus... que cenário, hein? 

Muitos anos depois, descobri que aquele livro grosso, era A DIVINA COMÉDIA do poeta e escritor italiano Dante Alighieri (1265-1321). Todas essas imagens atormentavam a minha mente, até que fui despertado pelo toque de um moleque, tirando-me daquele quase transe. “Ôxe!, tu não vai pro filme não?” E eu mentindo disse: “eu ainda vou passar em casa”. Naquela noite demorei bastante a pegar no sono, olhando para o telhado ou rolando de um lado para outro da cama. E o pior de tudo ainda estava por vir. Foi quando na manhã do domingo, logo cedinho, todos os meus amigos correram até a minha casa na Rua Padre Leão n° 12 e me contaram em detalhes minuciosos, O FILME. 


Cruzeiro do DNOCS 1968-1969



Em pé: Tonho da Celpe, Jailson Pinguin, Urbano Rafael, Natalício do DNOCS, Celso de Moacir e Pedro Aleixo(Árbitro).

Agachados: Gilson de Adauto, Coelho, Eli Constantino, Sinval, Fernando Vitor e Zé Esdras.


Em pé: Vital D-8, Paulo de Doro, Urbano (falecido), Jurandir, Bel e Zé.

Agachados: Nena, Eli, Coelho (falecido), Natalício do DNOCS (falecido), Zé Preto(falecido) e Ozório (falecido).

Arquivo Pessoal: Nadilson Santos.

Banda Marcial Mauro Cesar - por Carlos Lopes



A foto acima lembra o meu ingresso na Banda Marcial do Ginásio Municipal Padre Leão. Terminado o primeiro ensaio visando o sete de setembro de 1973, desesperado bati a porta da minha eterna diretora, Dona Sila. Queria fazer parte da banda evitando os costumeiros: ¨Balança os braços¨, ¨você está fora da linha¨ e ¨olhe firme pra frente¨, atribuições do primeiro da fila. 

Entender meus motivos, até que Dona Sila entendeu, mas não havia instrumentos disponíveis. Meu gancho foi um surdo que Pedrinho de Dona Pura havia estourado o couro no dia anterior. Saí dali com o instrumento às costas, mas desfilar como pelotão de fila, nem pensar! Rasguei a perna de uma calça de um tecido semelhante a um Jeans e mamãe se pós a costurar o que sobrou do couro sobre o tecido. 

No dia seguinte lá estava eu na banda. Tocar até tocava, mas fazia um pouco de conta como ninguém. Dias depois Dona Sila adquiriu um couro novo e assim fui componente da banda Marcial Mauro César por sete anos, mesmo já estudando no Colégio Técnico Joaquim Pereira.

Texto: Carlos Lopes

19 agosto, 2020

História da Cavalhada - Por Pedro Cezar



A História da Cavalhada nasce durante a dinastia carolíngia ou reinado de Carlos Magno (século VI d.C.), portanto há quase 1500 anos. Carlos Magno, de religião cristã, lutou bravamente contra os sarracenos, de religião islâmica, impedindo-os de invadir o centro norte da Europa. A cavalhada é uma tradição dos torneios da Idade Média, onde os aristocratas exibiam em espetáculos públicos, sua destreza e valentia. Na verdade, cavalhada representa a luta entre mouros e cristãos. O feito foi amplamente divulgado, como mostra de bravura e lealdade cristã, por trovadores que viajavam por toda a Europa.

E ficou sendo conhecido como a “A Batalha de Carlos Magno e os 12 pares de França”, livro este que o Museu Zé Cavaco possui um exemplar, considerado obra raríssima, só encontrada em três grandes bibliotecas do Brasil, um verdadeiro épico, cantado em trova, como forma de incentivar a população cristã contra as investidas dos exércitos islâmicos, que, apesar da derrota na batalha de Carlos Magno, não abandonou as investidas, principalmente ao Sul da Europa, vindos da Mauritânia.


Conhecidos como mouros, os muçulmanos da Mauritânia, invadiram, no século VIII, o Sul da Península Ibérica, dominando a região de Granada (Espanha), de onde foram expulsos somente em fins do século XV.

Foram quase 800 anos de ocupação moura por quase toda a península, o que colaborou para o avanço tecnológico destas nações, uma vez que os muçulmanos árabes, propagadores do islamismo, eram mais evoluídos, do ponto de vista tecnológico, artístico e cultural, do que os cristãos da época. Os reis que resistiram a este avanço refugiaram ao norte da península e mantiveram intacta sua cultura, vindo deles a iniciativa de expulsão da soberania moura na Península Ibérica. Incorporada ao folclore, durante séculos, a História de Carlos Magno era atração nas vozes dos trovadores e, somente em idos do século XIII em Portugal é que a Rainha Isabel resolveu instituí-la como uma festividade, aos modos de uma representação dramática, quase que como um jogo de xadrez, a fim de incentivar a instituição cristã e o repúdio aos mouros. 
 

A sua realização está ligada à Festa do Divino Espírito Santo, que tem origem na tradição portuguesa e leva em conta o calendário da Igreja Católica. Segundo a liturgia religiosa, é o dia de Pentecostes, exatamente 50 dias após a Páscoa. Provavelmente a Festa do Divino Espírito Santo foi instituída pela rainha Isabel, esposa do rei trovador Dom Dinis, de Portugal.
No Brasil essa tradição teria chegado por volta de 1756, com os portugueses, e ganhando perfil próprio em cada Estado, em cada região brasileira.

Na verdade, cavalhada representa a luta entre mouros e cristãos. São doze cavaleiros mouros e doze cavaleiros cristãos. No final da longa batalha, vencem os cristãos que ainda conseguem converter os mouros ao cristianismo. Trata-se de uma tradição praticada em várias regiões do Brasil, porém com diferenças marcantes de uma região para outra. Num grande campo de batalha, onde de um lado, o lado do poente, 12 cavaleiros cristãos vestidos de azul, a cor do cristianismo, lutam contra 12 cavaleiros mouros vestidos de vermelho, encastelados no lado do sol nascente.

No Brasil esta representação dramática foi introduzida, sob autorização da Coroa, pelos jesuítas com o objetivo de catequizar os gentios e escravos africanos, mostrando nisto o poder da fé cristã.

A Cavalhada de Zé Cavaco possuía um aspecto original, era uma mescla de modelo antigo, com vestes e desfile de cavaleiros e todo um ritual religioso e místico, baseado na fé católica, com a empolgante disputa de dois grupos de cavaleiros disputando entre si para ver quem retirava mais vezes a argolinha, exposta numa trave colocada em local apropriado.

Porém, a falta de visão cultural e descaso dos políticos e autoridades religiosas fez com que este acontecimento fosse posto fora dos limites da vila de Samambaia. Se o povo de Samambaia quisesse, a Cavalhada de Zé Cavaco, ou de São Sebastião, como Zé costumava falar, não corria o risco de essa memória de representações tão antigas desaparecerem com o desaparecimento dos “mais velhos”. Se por um lado ele tirava do deu próprio bolso para manter viva esta tradição, por outro o poder público teimava em desconhecer. Além do mais, as autoridades religiosas estavam aquém deste evento que principiava o dia das comemorações do padroeiro. Triste e reprimido em suas tentativas, não restou outra opção a José Ferreira Gomes, se não procurar uma comunidade que quisesse dar continuidade a seu capricho artístico. E todo o material, a exceção de alguns expostos no Museu Zé Cavaco para lembrar o ato folclórico foi doado à cidade de Umbuzeiro-PB. Torna-se necessário dizer aqui o tamanho da perda para Samambaia, para Custódia e para Pernambuco, visto que a Cavalhada foi ser realizada em outro Estado. É menos um ato. Deixa um vazio que poucos percebem, mas fica faltando um pedacinho de algo que se foi. Aquelas pessoas que participavam e gostavam sentem falta.

Por essas e outras, eu, Pedro Cezar Bezerra do Nascimento, que tenho familiares em Samambaia, peço que na minha ausência ou de Zé Cavaco, vocês dêem continuidade ao Museu, isso é um bem comunitário e de um valor cultural incalculável, pois as gerações futuras terão a oportunidade de tocar e ver, ler e pensar sobre seus ancestrais e o modo de vida que levavam em tempos passados. Um povo sem memória é um povo sem história, pois nós somos hoje aquilo que fizemos no passado.

PS: Trabalho elaborado pelo artista plástico PEDRO CEZAR BEZERRA DO NASCIMENTO, cedido gentilmente para o blog CUSTÓDIA TERRA QUERIDA. 

Para que mais trabalhos desse porte sejam publicados com mais frequência, pedimos as pessoas caso usem o texto em algum trabalho, cite o nome do autor, pois, trata-se de um projeto feito com muito carinho, e de uma riqueza cultural de grande valor para o município.

João Miro por José Carneiro



Por José Carneiro

João Miro, casado com Jovelina Goes, dono da Padaria Confiança (achava um nome expressivo) e fazendeiro, era um homem singular, de caráter forte e estilo estabanado, magro, voz fanhosa e arrastada, espirituoso e dinâmico, com visão comercial e administrativa. 

Foi prefeito nomeado do município, de 28.02.1966 a 31.01.1969. Teve como filha única, Marly, a quem devotava um amor fora do comum, casada com o médico e ex-deputado estadual Orlando Ferraz, pessoa de minha grade estima e consideração, pelo muito que fez em prol do meu irmão e seu particular amigo Sílvio Carneiro no decorrer de sua longa e penosa enfermidade.

Custódia - A namoradinha (Francisco Alves)



Como podemos esquecer algo que amamos tanto, se nos faz tão poeta e escritor. Bem este sentimento, apesar da saudade latente.

Usemos de momentos bons em nossa retina, mesmo que seja, Para enganar o desejo pelicano que rasga o peito.

Sem medo e sem dó. Saudade, palavra intra onde o remédio se faz a presença física do alivio tedioso do Corpo e da mente, que saudade plangente de uma Angustia vulcânica, dum pássaro ferido em pleno vôo.

Tantas vezes choramos calados, com a lágrima entalada na garganta seca, no peito Apertado e aberto que não sara nunca a cicatriz deixada, Pois com certeza é a marca duma saudade eterna.

Olha que a vida passa!… E agente só pensa em voltar aos braços de quem mais ama,
Do amor antigo, no extermino da Saudade pálida e doida.

Diariamente rezo… Rezo, para rever a antiga namorada, para q’ueu possa içar a Bandeira branca de minha paz de espírito Cansada D’um Tempo de espera sem fôlego.

Isto é meu castigo maior… Amar mesmo que seja na distancia a fio Desse desejo platônico que desemboca na solidão, Que Transcende ao tempo e crostifica-se no ser.

Amar!…Mas o que seria a vida sem as saudades…, O que seria a vida sem os amores…, O que seria da vida sem as lembranças para resgatarmos O Eu que Ainda existe em cada um de nós.

Homenagem ao dia 12 de Junho, Francisco Alves nos enviou esse acróstico para sua eterna namorada CUSTÓDIA.

18 agosto, 2020

Seo Costa

Fernando Florêncio
Ilhéus/Ba
(19/03/2009)
florencio.fernando@hotmail.com

A sapataria de Duquinha, ficava quase vizinha com a minha casa, a separá-las apenas a casa do Sr. Cícero Gomes e Da.Bela.

De frente para a Pça Padre Leão, ficava a loja com os calçados nas prateleiras, e no fundo a fabricação. Os pés não tinham números. A medida era tirada com o freguês pisando num papelão e o sapateiro riscava do calcanhar e do dedão, daí era escolhida a fôrma.

Lembro dos operários de Duquinha.: Zé de Zaqueu, Lula Felix, Zezinho Calango, Sr Joaquim Laurentino e os filhos (Zito, Francisquinho e Flavio) Tinha João, que falava embolado, parente próximo da família Pereira e…Claudio Moisés, filho de Da. Alexandrina, carinhosamente chamado de Sêo Costa.

Uma grande novidade que chegou a Custódia, mais precisamente no Bar Fênix, cujo dono na época era Netinho de “sêo” Quinca da Barra”, foi uma ELETROLA enorme, cheia de luzes, com uma infinidade de discos compactos que tocavam quando se colocava uma ficha e selecionava a música.Som puro. HI – FI. Quem teve oportunidade de freqüentar o bairro do Rio Branco, no Recife antigo, viu muitas dessas máquinas nos cabarés da Rua do Brum, além dos famosos “Chanteclair e Moulim Rouge”.

Sêo Costa nutria verdadeira adoração pela máquina, curtia uma dor de cotovelo de algum caso mal resolvido, gostava de ver (e ouvir) a máquina tocar.

Devotava uma especial afeição por um baião dolente de Luiz Gonzaga, que falava de alguém que se fora e nunca mais dera notícia. Dizia assim:

“Juazeiro, Juazeiro me arresponda por favor, Juazeiro velho amigo onde anda meu amor.…”

Uma segunda feira, dia da feira, Sêo Costa, depois de várias “lapadas” de Serra Grande, “alugou” a máquina: Botava uma ficha e acompanhava cantando a melodia:

Juazeiro, Juazeiro me arresponda por favor…..5 fichas e Sêo Costa cantando….Juazeiro, Juazeiro….mais 5 fichas e mais Serra Grande, e Sêo Costa cantando junto com a máquina…Juazeiro, Juazeiro….

Quando foi pegar mais 5 fichas, Netinho, o dono do bar,“chiou”:

- Chega Sêo Costa, ninguém agüenta mais ouvir essa música, alem do que outros clientes querem usar a Eletrola.

- É. Tá bom. Respondeu resignado Sêo Costa.

- Demorou mas aprendi a música.

Saiu trocando as pernas e cantarolando: CAJUEIRO, CAJUEIRO…….




Escola Marli Miro da Silva


Grupo Escolar Municipal Marli Miro da Silva, nome da filha do ex-prefeito João Miro, e primeira esposa de Dr. Orlando Ferraz. A escola ficava no Sítio Guarani, à beira da estrada. Escola foi desativada e terminou em ruínas.

Foto: Acervo Blog Custódia Terra Querida

17 agosto, 2020

Capitão


Texto: José Melo
Recife-PE

CAPITÃO 

Uma das figuras mais conhecidas da Custódia de décadas atrás, entre as muitas existentes, tinha um quê interessante: Ninguém sabia seu verdadeiro nome. Para todos, era apenas Capitão. Quando algum curioso perguntava seu nome e sua origem, de onde era, etc., ele desconversava e nada esclarecia. 

Sua vida era uma rotina altamente cansativa: todos os dias, descia a Serra do Sabá, com sua tropa de jumentos, encangalhados e cada um com três ancoretas de água mineral da fonte de Sabá, para vender nas casas dos mais “ricos”. Percorria invariavelmente o mesmo roteiro, batendo sempre as mesmas portas, fazendo a entrega até o meio dia, quando então em pleno sol escaldante fazia o caminho inverso e mais difícil: a subida dos doze quilômetros que separam a Fonte de Sabá da cidade. 

Capitão espelhava o autêntico sertanejo rude, mas educado, miserável, mas lutador, que jamais fraqueja ente as dificuldades da vida. Sua aparência lembrava um pouco os cangaceiros do sertão: baixo, forte, troncudo, cabelos e barbas longas, com seu indefectível cigarro de fumo de corda sempre aceso e o velho chapéu de couro sendo retirado da cabeça, num sinal de respeito, sempre que se dirigia à alguém. Suas vestes eram compatíveis com a rudeza da vida que levava: calças e camisas de cáqui, tecido grosso, alpercatas de rabicho, com solado de pneu de caminhão, um albornal onde acomodava seus apetrechos indispensáveis à sua vida. Ali ele carregava o rolo de fumo, o pacote de palhas de milho (para enrolar os cigarros de fumo), o quicé para picar o fumo, e o “currimbó”ou “fogueteiro”.

Convém fazer uma pausa para explicar o que era o “fogueteiro”. Consistia em um pedaço do chifre de boi, cortado e alisado manualmente, cheio de fibra de algodão, guarnecido por uma tampa feita de um pedaço de cuia, e nele amarrado uma pequena haste de ferro. 

O prazer do viciado em fumo era precedido de um verdadeiro ritual: primeiro preparava a palha de milho, cortando-a e alisando-a com as costas do quicé, depois prendia-se a mesma entre os lábios, enquanto picava vagarosamente o fumo, que após ser desfiado, era enrolado na palha de milho. A seguir, parte do ritual que requeria perícia: acender o “currimbó”. 

O usuário abria o “currimbó”, colocava ele na palma de sua mão, fechando-o entre os dedos, e acomodava uma pedra de fogo (geralmente um pedaço de rocha preta e dura) nos dedos polegar e indicador. Com a outra mão segurando a pequena haste de ferro, cujo nome era fuzil, era desferido um golpe forte, resvalando da pedra. 

O atrito provocava centelhas de fogo que caiam sobre o algodão, e com poucos sopros estava aceso o maior isqueiro do mundo. Para apagar, bastava fechar o “currimbó” vez que ausência do ar apagava o fogo preservando o algodão para outras ocasiões. 

Capitão viveu durante muitos anos nessa rotina, sem jamais faltar um dia sequer, sempre abastecendo seus clientes com a cristalina água de Sabá. Quando Capitão apontava na Rua, a molecada corria atrás dele, sempre fazendo a invariável pergunta: 

- Capitão, cadê a guerra? 

Ao que ele paciente e invariavelmente sempre respondia, apontando pra ao céu e para o chão: 

- Tá no ar e ta na terra! 

Sei que deixou marcado na memória de centenas de crianças, o seu jeito bonachão e paciente de ser, o mistério sobre a sua vida de ermitão lá nas brenhas do Sabá, e principalmente, a lembrança do desfilar de sua tropa de jumentos pelas ruas da cidade, com o chocalho badalando, avisando da chegada do Capitão. 

[Diário de PE] Custódia revive São José (1989)


Matéria publicada no Diário de Pernambuco, de 28/02/1989

A comunidade católica deste município se prepara para as festividades que a Prefeitura local, através da Câmara Municipal e a Diretoria de Cultura e Desportos, promoverá em louvor a São José, padroeiro da cidade. As festividades, segundo o prefeito Belchior Ferreira Nunes, vão começar no próximo dia 9  prolongando-se até o dia 18, com muitas atrações. "Vamos rezar e pedir a São José que nos livre de uma seca", diz o prefeito.

A frente da programação, além do prefeito Belchior Nunes, estão o presidente da Câmara, vereador Washington Nestor Góis, e o diretor de Cultura, Rui Rezende. Eles anunciam para o dia 9(quinta feira), às 18h, a inauguração da iluminação da Igreja Matriz de São José e da Praça Padre Leão, com apresentação de bacamarteiros. Ás 19h tem início a novena na Matriz de São José.

Na sexta feira, dia 10, às 17h, começa a Exposição promovida pela Motoparts e, às 19hm novena. Ás 23h será realizado um grande baile, no CLRC, com a Orquestra de Ogirio Cavalcante. No sábado dia 11, às 15h, II Gincana de Motos e novena. No dia 12, às 7h, manhã esportiva no CLRC, com vários torneiros: 16h, apresentação de ciclistas e motoqueiros oficiais da Motoparts e novos atos litúrgicos na Matriz de São José

Na segunda feira, dia 13, às 15h, apresentação de banda de pífano, violeiro e cantadores de emboladas, seguindo-se de novena. Na terça as 19h, novena e apresentações folclóricas no largo da Igreja, a partir das 20h. Na quarta, novena e outras atrações folclóricas. Na quinta, novena e show de calouros. No dia 17, sexta feira, às 10h, apresentação da Motoparts: às 16 exibição de Banda de música da cidade de Triunfo; novena às 19h; às 20h um show de grupos de ciranda e danças típicas da região; às 23h, outro baile com a Banda Phobu's.

SECA E REZA

Os festejos serão encerrados no sábado, dia 18. A partir das 10h haverá nova apresentação da Motoparts; 12h, torneiro de motocross; 15h, solene procissão com a imagem de São José que percorrerá ruas e avenidas. Logo depois haverá um jogo de futebol no Estádio Carneirinho, entre a seleção de veteranos de Custódia e de Arcoverde.

Á noite a população se reúne em mais uma novena. Depois tem inicio um grande leião, apresentação de Pastoril de Custódia e, por último, baile, às 23h no CLRC com a banda Phobu's. O prefeito Belchior Nunes, o vereador Washington Góis e o direito de Cultura, Rui Rezende, convidam a população a se integrar aos festejos que vêm atraindo as atenções de vários municípios do Interior pernambucano.

Os festejos em honra ao padroeiro de Custódia, segundo o prefeito local, Belchior Ferreira Nunes, pelo lado religioso, "será o instante de muitas promessas e orações. A população está muito preocupada e pedirá a São José que não deixe o nosso município mergulhar em mais um período de seca, que será terrivelmente prejudicial para todo mundo", declarou.

Através do ofício 050, Belchior Nunes, no dia 20 de Fevereiro, último, dirigiu-se ao governador Miguel Arraes, na visita ao Palácio do Campo das Princesas, quando foi recebido em audiência pelo chefe da Casa Civil, Fernando Pessoa. No documento, o prefeito expressa a sua preocupação com a possibilidade de o município de Custódia enfrentar nova estiagem.

As lavouras plantadas nas chuvas de Dezembro e Janeiro, segundo o prefeito, já estão totalmente perdidas e foram implantadas com recursos próprios. Os açudes de menor porte, disse Belchior, também estão secando e as águas, a medida que diminuem, aumenta a concentração de poluentes e microorganismos patogênicos, expondo pessoas ao risco de doenças parasitárias. 

16 agosto, 2020

[Gandavos] Lampião: foi um Herói ou um Bandido


Seguindo a série de depoimentos colhidos pelo CANAL GANDAVOS, temos nesse vídeo o custodiense Jorge Remígio, um estudioso do Cangaço, dando sua opinião sobre o cangaceiro Virgulino Ferreira, o Lampião. 

Assista e confira sua opinião sobre: Herói ou Bandido.

Se inscreva no Canal Gandavos, para receber suas atualizações, ative o sino.

Acesso o Canal e confira todos os vídeos já publicados: Clique Aqui 

[Causo] Tiquinho leve o feijão pra casa

Texto: Jânio Queiroz
São Luis-MA
Agosto/2020


Vou contar o causo do meu irmão, o advogado Dr. Francisco Queiroz, muito conhecido também por Tiquinho quando mais jovem, hoje Dr. Tiquinho. 

Ele muito criança ainda, acredito que contava com apenas uns sete anos de idade. Assim sendo, certo dia, eu e ele estávamos brincando de bila (bola de gude), na praça Padre Leão, em Custódia, quando de repente, Jose Pereira Burgos, ou melhor, seu Zé Burgos, de longe acenou e disse: 

- Tiquiiiiinho! venha cá!! Tome esse dinheiro, Cz$ 5.00 (cinco cruzeiros), e leve esse feijão pra casa. 

Na verdade, tratava-se de meio saco de feijão verde. 

Ele, Dr. Francisco, de pronto e super subserviente, assim respondeu: 

- Pois não!! Levo agora! 

Segundo Tiquinho, pensou naquele momento, que aquele bondoso senhor estaria lhe agraciando com meio saco de feijão e mais Cz$ 5 (cinco cruzeiros). 

Ocorre que, na verdade, seu Zé Burgos, queria mesmo era que Tiquinho levasse aquela encomenda para sua casa, afinal de contas, queria degustar aquele feijão verde, no horário do almoço. 

Ao chegar em casa para almoçar, percebeu que o feijão servido não era o referido feijão verde e sim feijão de arranca. 

Surpreso, perguntou a sua esposa, Dona Noemia, sobre o feijão verde de tinha mandado trazer por Tiquinho. A mesma respondeu que não havia chegado nenhum feijão verde. 

Ele, então afirmou:

- Mas eu mandei meio saco de feijão verde por Tiquinho (apelido quando criança de Dr. Francisco Queiroz).

No entanto, dona Noêmia retrucou:

- Aqui em casa não chegou nenhum feijão verde não !!!

No outro dia ao avistar Tiquinho brincando na praça o chamou novamente e perguntou em tom um tanto zangado: 

- Ô seu Porra, onde está o feijão verde que eu mandei você levar pra casa? 

Tiquinho de imediato respondeu: 

- Está no meu bucho, pois o senhor não mandou eu levar pra casa? Assim eu fiz! Levei pra minha casa. 

Ele resmungou dizendo - eu mandei levar para minha casa e não pra sua!! 

Ele então argumentou: 

- Ah o Senhor não explicou direito, daí eu levei pensando que era para minha casa. 

Zé Burgos achou até irônico, deu um chute na bunda de Tiquinho e sorriu, perdoando-o por aquele lamentável engano.



Betel Custódia - Culto Ao vivo



Missa Ao Vivo direto da Igreja Matriz de São José






15 agosto, 2020

Praça Padre Leão e seus comércios (1979)


Vista parcial da Praça Padre Leão em 1979, em primeiro plano no lado direito a Farmácia Pinheiro, residência de Evilácio Mariano, Bar O Ponto Certo, Mercado Ribeiro de Chá Preto, Padaria de Dona Jovelina, Casa Góis de Domingos Góis, Loja de Sebastião Góis (hoje CEF e Lotérica) e na outra esquina a Padaria de Pedro Rafael.

Antes do Mercado Ribeiro, funcionou a Loja de Severino Pinheiro (uma Grande Loja de Tecido e Confecção), após foi o mercado de Heleno Chaves, local onde o mesmo foi executado por assaltantes.

No mesmo local onde era a Farmácia Pinheiro, funcionou o Cartório de Anfilófio Feitosa nos anos 60, Projeto CIATA nos anos 80, Comitê de Luiz Epaminondas Filhos, Loja de Tecidos de Geraldo Feitosa e hoje atual loja Happy Modas. 

Texto: Paulo Peterson

Colaboraram com informações: Marco Moura e Célia Barros.

14 agosto, 2020

Perfil: Maria Antonia dos Santos Rezende


Maria Antonia dos Santos Rezende, nascida no dia 20 de Novembro de 1949, em Santo Antonio da Patrulha, estado do Rio Grande do Sul. 

Filha de João Bernardo dos Santos e Eva Erminda dos Santos, sendo seu pai operário de uma empresa de pré-moldados, e sua mãe doméstica. Família constituída de 08 pessoas, sendo 2 filhos homens e sendo 4 filhas mulheres. 

Nomes dos filhos deste casal: 


Abílio Bernardo dos Santos
Maria Antonia Rezende dos Santos
Bernardino Bernardo dos Santos (in memoriam)
Angela Aparecida Bernardo dos Santos
Terezinha Bernardo do Nascimento
Vera Lúcia Bernardo

Conheceu seu esposo Antonio Rafael de Rezende, no ano de 1972, na época,  trabalhava numa antiga Estação Rodoviária de sua cidade, Santo Antonio da Patrulha. 

Ele trabalhava na empresa chamada ECOON, onde prestava serviço como motorista na construção de uma rodoviária que liga Porto Alegre (capital do Estado), para a cidade de Osório, esta rodoviária veio a se chamar Free Way. 

Casamento

O casamento aconteceu no ano de 1973, tiveram 4 filhos: Romildo Rafael de Rezende, nascido em União da Vitória, Estado do Paraná, hoje falecido. Rodrigo Rafael de Rezende, Técnico Agrícola e empresário. Rosangela Rafael de Rezende Nunes, Pedagoga e João Carlos Rafael de Rezende, Técnico em Mecânica e motorista.

Filhos: Romildo, Rodrigo, Rosangela e João.


Netos

Chegou a Custódia no ano de 1974, mês de dezembro.

Escolaridade: 

Cursou primeiro grau na Escola Industrial Patrulhense, onde cursou ainda o 1º e 2º ano do antigo Curso Cientifico. 

Formada em Contabilidade na Escola Técnica Barão do Cahy.

Em Custódia, após sua chegada em 1974, cursou Magistério. Em seguida fez Licenciatura em Biologia na AESA de Arcoverde. Seguindo de uma Pós Graduação em Psicopedagogia. Cursou ainda Serviço Social. 

Outras atividades exercidas:

Em Custódia, exerceu a função de Professora, começando na Escola Primária do Riacho Novo. Foi morar em Ibimirim, onde lecionou na Escola Primária da Agrovila I. Voltando à Custódia, foi trabalhar na Secretaria de Educação, como Agente Administrativo, na Escola Ernesto Queiroz. Logo começou a lecionar no curso de Magistério, onde ficou 30 anos, além de 5 anos na Escola Dalila Andrade de Lima. Depois de aposentou, trabalhou 8(oito) anos para o Estado de Pernambuco, lecionando com contratos. Prestou serviço voluntário no lar Santa Cecília, durante 3 anos e ainda presta voluntariado para a Igreja Católica Matriz de São José, atuando em várias pastorais. 

Hoje se encontra afastada das atividades por problemas de saúde. 

Perfil enviado pelos Filhos e Netos, em comemoração aos seus 70 anos.

Brasão de Custódia



Em 2006 foi realizado no mês de setembro o I Encontro de Custodienses, evento esse que visa, fazer um reencontro de pessoas que moram fora da cidade e dos que moram na cidade. A idéia de fazer o encontro, foi da custodiense Odete de Andrada Alves, atualmente residente na cidade de Pesqueira. Para celebrar o encontro, dona Odete apresentou na Camara de Vereadores do Município dia 08 de setembro um Brasão para nossa cidade. Brasão é um conjunto de peças, figuras e ornamentos dispostos no campo do escudo ou fora dele, e que representam as armas de uma nação, um soberano, família, corporação ou cidade. Sua apresentação foi contundente, que só não foi aprovada de imediato pela Camara, por que por Lei, não pode ser apresentado um projeto e nele mesmo votado. Mas na semana seguinte ao evento, no dia 15 de setembro de 2006, foi aprovado pelo Poder Legislativo.


BRASÃO DO MUNICÍPIO DE CUSTÓDIA
Escudo esquartelado e interpretado com humildade preciosismo. Fiel à História, Tradição, Heráldica e à Arte em homenagem a essa magnífica cidade.



1º quartel: Paisagem inserida em fundo azul que remete aos primórdios da região onde era tida como TERRA DE PASSAGEM. Nesta localizava-se a Fazenda Santa Cruz e teve sua povoação iniciada em meados do século XVIII.



2º quartel: Fundo azul com iconografia do ostensório ou custódia, receptáculo de amor e justiça. Missionários em comum acordo com os antigos habitantes, batizaram o nome como Custódia, homenageando a proprietária da única hospedaria daquela localidade. Significa a guarda e proteção que encontraram nesse lugar.


3º quartel: Lírio de São José (nosso padroeiro) é sinônimo de brancura e pureza. É relacionado com a árvore da vida plantada ao paraíso. É ele que restitui a vida pura, promessa de imortalidade e salvação.



4º quartel: Campo amarelo escuro, simbolismo de chão escaldado. Em seu centro o Mandacaru, ostentado a força do povo sertanejo que apesar da adversidade da vida permanece altaneiro.



O dourado:
Apresenta-se em contorno que adorna os quartéis o circundeiam todo o escudo. Simboliza, como na Idade Média, a intenção de fazer o bem aos pobres e a defender seus cidadãos, lutando por eles.



O azul-celeste:
Prevalece no contexto visual e significa nobreza, majestade, serenidade. Fomenta seus cidadãos ao trabalho e a produzir os frutos da terra.




Sobre o escudo, um castelo que representa a força e virtual de seu inicial tutor, o coronel Luiz Tenório de Melo. Autoridade que não tomou terras de assalto como simboliza a Heráldica tradicional, mas foi protetor e souber contribuir pioneiramente coma história de sua gente.



Circundando as laterais do escudo, dois ramos louro simbolizando a vitória diária aos rigores da terra. Na base do escudo, uma faixa em amarelo-leve esvoaçaste com a legenda: SAGRADA ACOLHIDA, em azul celeste, que concentra em suas palavras um passado gracioso. Exemplo de companheirismo na acolhida na saga do homem que evolui a cada novo alvorecer acolhendo também a fé do povo sertanejo.

ODETE DE ANDRADA ALVES Pesquisa e Criação
RICARDO HENRIQUE DUQUE DE ALMEIDA Computação gráfica Setembro/2006