28 dezembro, 2024

Anna, Anita, Dona Nita - por Jussara Burgos


Dona Nita


Hoje, com tristeza, vejo que destruíram uma lembrança de uma pessoa muito querida, minha mãe Nita.

Quem foi Dona Anita?

Ela era Anna, Anita ou simplesmente Dona Nita, a dona do sítio verdejante no coração de Custódia. Um verdadeiro oásis. Quantos de nós custodienses temos boas lembranças desse lugar?

Eu fui criada por ela, e esse sítio foi o cenário de minha infância. 

Ora, o futuro não pode ser construído com o custo de apagar o passado. Mormente quando é perfeitamente possível que ambos sejam preservados.


Dona Nita com Jorge Remígio e Jussara Burgos

A linha do tempo é perene, é contínua. Estamos aqui porque tivemos aqueles que, mesmo que não lhes saibamos o nome, existiram, antecederam a nós, trouxeram a tocha da tradição até os dias em que nos encontramos; e, por nossas vezes, buscaremos carregar essa tocha com louvor para entregá-la às gerações vindouras – e todo esse estradar tem importância para nossa vida, nossa história, nossa descendência. 

Não há necessidade de negá-lo, não há por que plantar ingratidão quando somos todos filhos da mesma terra.

Dona Nita presenteou Custódia com cinco filhos: Maria Eunice, José, Claudionor, Maria Dulce e Murilo. Todos pessoas honradas. Muito moça, tornou-se viúva, vivendo o restante dos seus dias de maneira irrepreensível, com altivez e dignidade, a ponto de merecer a póstuma homenagem que lhe dedicaram os custodienses.


Maria Dulce, filha de Dona Nita, com Jussara, no início de 1954

Quando o sítio foi vendido, o prefeito assumiu o compromisso de preservar o local e manter seu nome: Sítio de Dona Anita.

Agora, intentam trocar-lhe o nome.

Nada tenho contra José Esdras, pelo contrário; minha mãe foi amiga de infância de Dona Dondon, e meu irmão mais velho, Arnaldo, era irmão de leite de Zé Esdras. Como se vê, nossas famílias têm raízes profundas e entrelaçadas. É evidente que meu amigo Zé Esdras merece ser homenageado. No entanto, não posso deixar de registrar meu sentido protesto por ver a memória de Mãe Nita ser apagada, a lembrança de personagem tão cara afetivamente aos custodienses ser desfeita.

Ademais, o que Zé Esdras tem a ver com aquele lugar? Há, decerto, um tanto de locais – ruas, praças, avenidas – que muito seriam honrados com ter-lhe o topônimo dignificando-lhe, sem precisar privar esse local específico do nome que a história e a urbe já consagraram.

Prefeito por tantas vezes, certamente fez e faz por merecer tantas justas homenagens.

Deixo aqui meu protesto e meu apelo para que essa iniciativa seja revista, e Custódia possa homenagear seus filhos e filhas diletos sem criar ruídos desnecessários – que essas iniciativas possam plantar apenas a alegria e o reconhecimento no coração de todos os que amam esta cidade e seu povo valoroso. Que a história seja, sempre, preservada. 

Texto:

Jussara Burgos

27 dezembro, 2024

Quem foi Dona Nita - por Jorge Remígio


Dona Nita


O seu nome era Ana Pereira de Sá. Na intimidade familiar a chamavam de Anita, mas ficou mesmo conhecida na cidade como Dona Nita. Nasceu em Vila Bela, hoje Serra Talhada, no dia 25 de julho de 1900, e faleceu em Custódia no dia 11 de outubro de 1963, com 63 anos de idade. 



Dona Nita no dia do seu casamento em 1918.

Aos 18 anos, contraiu núpcias com Antônio Remígio da Silva, oriundo de Monteiro, Paraíba, no dia 31 de outubro de 1918. Este era construtor e edificou vários prédios em Custódia. 



Filha de Cassiano Pereira da Silva e de Ana Pereira de Sá, conhecida por Naninha. Ficou órfã de mãe muito cedo, aos seis anos de idade. Juntamente com os irmãos, Manoel Cassiano Pereira de Sá (pai de Noême Sá), José Cassiano Pereira de Sá, e Maria Dolores Pereira de Sá (mãe de Zé Burgos), foram criados pela avó materna, Epifânia Auzéria Mariano de Sá. 

O filho da sua avó, Joaquim Pereira de Sá, conhecido por Quinca Sá, foi residir em Custódia, ainda no século XIX. Casou-se com Maria Augusta do Amaral, Dona Manoca, primeira professora da então vila, a qual era filha do Capitão Chico do Amaral da Fazenda Várzea Grande. 


A esquerda Genário Pereira, sobrinho, José Remígio (filho), Claudionor Remígio (filho), Maria Dulce (filha), Maria Eunice (filha), Zé Burgos (sobrinho) e por trás, Antônio Pereira Burgos (sobrinho)

Por volta de 1915, a família foi residir em Custódia. Após Dona Nita se casar, adquiriram um sítio na parte baixa da vila de Custódia, local que ficou popularmente conhecido por Várzea. É de bom alvitre observar que, várias famílias que ajudaram e contribuíram para o crescimento da cidade, são oriundas de outras cidades pernambucanas e também de outros estados. 

A título de referência, Dona Nita era prima de Maria Josefina Gomes de Sá, conhecida por Dona Maria de seu Ernesto, mãe de Ernestinho, Gracinha, Zito e Zezita Queiróz. Prima também de Luiz Epaminondas Nogueira de Barros, pai de Luizito, João Bosco, Terezinha e mais irmãos. 



Dona Nita com os filhos, Dulce, Murilo, Maria Eunice e a sobrinha Noême Sá.

Ficou viúva aos 39 anos, no dia 30 de agosto de 1939, criando com dignidade e muito zelo, os filhos, ainda menores de idade, Maria Eunice Remígio, José Remígio, Claudionor Remígio (pai de Jorge, Antônio, Jânio, Sérgio, Eliane e Ana Cláudia Remígio), Murilo Remígio e Maria Dulce Remígio. 


Dona Nita colhendo algodão em seu sítio.

Fez-se necessário essa breve informação de dados familiares, porém, considero que o grande legado que Dona Nita deixou para a cidade, foi a água. Sim, ela junto ao esposo, concederam à prefeitura no início da década de trinta, o fornecimento da água vindo de um cacimbão em seu sítio, e levada por canos até o chafariz público, prédio que, até pouco tempo, ficava na Rua João Veríssimo em frente do atual mercado público. 

Essa água, fundamental para a população custodiense, foi cedida gratuitamente para a prefeitura, a qual era distribuída a preço simbólico às pessoas que conduziam em latas na cabeça ou em galões nos ombros, para abastecer as residências da cidade. As carroças de tração animal só apareceram no final da década de sessenta. Essa água foi fornecida à população de Custódia por mais de quarenta anos, pois a água encanada na cidade foi inaugurada em outubro de 1971, na administração Sílvio Carneiro. 

Achei pertinente escrever esse texto, para informar a população da minha cidade, principalmente as gerações mais recentes, quem foi Dona Nita. Explicito também, que nenhum parente interferiu, pediu ou requisitou o seu nome no parque que ora inaugura-se. Foi uma decisão espontânea do gestor público municipal. 



Foto de 1983, quando o sítio foi vendido para Prefeitura de Custódia

O que me espantou foi o contrassenso na mudança brusca e repentina do nome do parque por parte desse poder, o que caracteriza-se uma total desconsideração aos familiares de Dona Nita. Não estou aqui discutindo o mérito da pessoa de José Esdras de Freitas Góis, amigo saudoso que sempre estimei desde a remota infância e sem sombras de dúvidas merecedor de muitas homenagens em nossa cidade por tudo que contribuiu, mas a forma que foi usada nessa homenagem. Já que vão mudar o nome do parque, que coloquem o nome de José Esdras de Freitas Góis, porque Zé do Povo é uma marca de campanha política.

Autor:
Jorge Farias Remígio, 
neto de Dona Nita.


21 dezembro, 2024

Tambaú Futebol Clube - Década de 80


Acervo : Nadilson Santos


Em pé:

Derni, Everaldo "Nen", Jorge Amador, Jailson Simões, Gerson, Nadilson, Marcos Ferraz, Marcos Ramalho e Mauricio.

Agachados:

Luciano "goiaba", Neto (in memorian), Valdemir, Damião do Bandepe, Jailson pequeno, Francielho Sobreira e Silvio Jader 

02 dezembro, 2024

Comunicador Cleber Santos: Uma das vozes inconfundíveis da comunicação de Pernambuco

O locutor e Marketeiro Cleber Santos.


A Voz de Custódia que Transforma Informação e conteúdo em mídia e divulgação.
Hoje vamos conhecer a Trajetória de um dos nomes da comunicação de Pernambuco.

INÍCIO 

Na pequena cidade de Custódia, localizada no coração do Pernambuco, um nome se destaca no cenário da comunicação e do marketing: Cleber Santos. Jornalista, locutor e especialista em marketing, Cleber tem desempenhado um papel fundamental na disseminação de informações e na promoção de eventos, contribuindo significativamente para a cultura e o envolvimento da comunidade.

Em meados de 1997 iniciei minha carreira como sonoplasta da rádio Comunitária Panorama fm, em 1998 tive a oportunidade de fazer rádio anunciando apenas a Hora certa. Meses depois de a oportunidade de iniciar um programa de madrugada, um ano depois eu entrei para a grade oficial da rádio ficando no ar em primeiro lugar durante nove anos. No ano 2000 eu tive a oportunidade de fazer propaganda em carro de som em um bloco de carnaval intitulado: Uga-uga, um ano e meio depois eu comprei o meu próprio carro e montei meu carro de som, já já estou estou no ramo de carro de som, mensagem ao vivo, propaganda volante locutor de eventos, mestre de cerimônia, há aproximadamente 24 anos, já tive a oportunidade de apresentar vários artistas renomados, entre eles Aviões do Forró, Zezé Di Camargo & Luciano Eduardo Costa, Elba Ramalho, Claudia Leitte e muitos outros.

Trajetória 

Com uma carreira que se estende por mais de uma década, Cleber Santos iniciou sua trajetória como jornalista em emissoras locais, onde rapidamente se destacou pela clareza e pela relevância de suas reportagens. Sua paixão pela comunicação o levou a se tornar locutor de rádio, onde sua voz se tornou familiar para os habitantes da cidade. Através de programas que vão desde notícias a entretenimento, Cleber criou uma conexão única com seu público, utilizando sua plataforma para levar à tona questões sociais e culturais que afetam Custódia e seus moradores.

UM POUCO MAIS 

Além de seu trabalho na rádio e no jornalismo, Cleber também é reconhecido por sua expertise em marketing. Ele tem ajudado diversas empresas locais a aprimorar sua presença no mercado através de estratégias inovadoras e campanhas bem-sucedidas. Sua abordagem centrada no cliente e sua compreensão das dinâmicas locais têm permitido que negócios pequenos e médios se destaquem, gerando mais empregos e fortalecendo a economia da cidade.

Em entrevistas, Cleber destaca a importância da informação de qualidade e do marketing ético como ferramentas poderosas para a transformação social. “A comunicação vai além de informar. É sobre criar diálogos e conexões que possam levar a mudanças reais”, afirma. Ele também se envolve ativamente em projetos comunitários, incentivando a participação dos jovens na mídia e proporcionando oportunidades de aprendizado e crescimento.

PREMIAÇÃO 

Com um futuro promissor pela frente, Cleber Santos continua a inspirar não só aqueles que desejam seguir carreira na comunicação, mas também toda a comunidade de Custódia, que se beneficia de sua dedicação e visão. Sem dúvida, sua trajetória é uma prova de que a paixão, aliada à determinação, pode realmente fazer a diferença.

Em 2024 Cleber recebeu mais um renomado prêmio de destaque na área de comunicação, como locutor,  publicitário e apresentador de eventos.

Publicado originalmente em Revista Meu Sucesso, clique aqui

Tambaú conquista o Prêmio Carrinho de Ouro 2024



É com muita alegria que compartilhamos esta notícia! A Tambaú Alimentos foi a empresa homenageada na categoria "Fornecedor Indústria Regional", no Prêmio Carrinho de Ouro 2024, por seu comprometimento com a modernidade industrial e o desenvolvimento da região.

Além disso, o evento marcou a comemoração do Dia Nacional do Supermercado e dos 50 anos da APES, a Associação Pernambucana de Supermercados. Uma noite especial para todos os envolvidos, inclusive nós, da Tambaú.

Na solenidade, fomos representados pelo presidente Hugo Gonçalves, Raissa Gonçalves (executiva de marketing), Maura Gonçalves (diretora administrativo), Irla Gonçalves (engenheira de processos), Matheus Gonçalves (advogado), Hudson Coelho (gerente regional de vendas), Jaldir Lima e Diogo Lima (representantes comerciais).