Carinhoso - por José Melo

José Melo
Maio/2013
Recife-PE

Contam os mais vividos, que há várias décadas, quando a onda de cabeleireiro ainda não havia chegado a Custódia, que havia um barbeiro, cujo apelido era Carinhoso, famoso pelo seu linguajar autenticamente de sertanejo das “brenhas”.

O fato é que de certa feita, apareceu um cliente, – caixeiro viajante (hoje representante comercial) que resolveu tirar a barba com Sebastião Carinhoso. Contam que como sempre, o barbeiro conversou a mais da conta, sempre com seu linguajar característico. Ao terminar de raspar a barba, perguntou qual opção o cliente teria para arrematar o serviço e melhorar a aparência.

- “Vosmincê qué aico, taico ou qué qui mui?”. (traduzindo: O sr. quer álcool, talco ou quer que molhe?)

Observando tantas palavras erradas em uma simples frase, dizem que o viajante fez uma proposta irrecusável a Carinhoso:

- Se você dizer a primeira palavra corretamente, eu pago a barba em dobro.

Espantado com a possibilidade de ganhar um extra, Carinhoso apressou-se em confirmar o que ouvira:

- Cuma?

Desnecessário dizer que Carinhoso perdeu uma oportunidade de ganhar um extra.

Texto: José Soares de Melo

O milagre da palavra - Laíse Rezende

Laíse Rezende
Abril/2022
Recife-PE

A palavra é forte - atrai, comove, fecunda, move. Quando a gente estabelece uma relação de significados com a palavra, dela não se desvencilha mais. Seu poder sobre nós vai num crescendo - e ela vira essência na vida. É um chamamento que nos faz a ela recorrer nos piores e nos melhores momentos, na chegada e na partida, no encontro e na despedida, na claridade e na escuridão. E cada um vai revelando, através dela, o que provoca os desejos mais secretos: as pessoas, os lugares, as lembranças, as marcas, os sonhos, as histórias, os encontros e os desencontros, os encantos e os desencantos, o tempo, a vida.

E por ela vão também se derramando, escorrendo e escoando as dores, e desatando e se soltando de nós os nós que às vezes atam o nosso gesto, a nossa voz, a nossa volta, a nossa vida. Porque eles travam o encontro. Precioso instrumento é a palavra, que nos serve de ponte pra chegar ao outro - pra tocar o outro, pra convencer, pra perdoar ou pra pedir perdão, pra declarar amor ou pra dizer adeus, pra confessar culpas e pecados ou sentimentos outros tantos por onde cada um vai se mostrando e se revelando e se desenhando na perspectiva do outro. E toda essa engrenagem que a palavra tece gera o convívio, que, por sua vez, alimenta a troca, a escuta, o segredo pra cada um revelar-se por inteiro ou guardar-se da proximidade maior de quem está por perto - ou longe.

A palavra pode servir de elo ou ponte entre as pessoas, mas também, de abismo, rasgo ou rusga entre elas. E entre elas pode igualmente gerar paz ou guerra, começo ou fim, chegada ou partida, amor ou ódio, perdão ou desprezo, silêncio ou voz, inferno ou paraíso. É a palavra que cria, recria, compõe, recompõe, inventa, disfarsa, confessa, ilude, engana, acaricia, fere, desafia, acolhe, conforta, acode, sara e cura. E ela toma caminhos por onde mesmo a dor se mostra de forma bonita, que toca o coração.

E ela conta e canta todas as histórias que moram no coração das pessoas e chegam à alma - num poema, numa canção, numa prosa, num verso. E fica cravada num livro, numa crônica, num conto, num texto mais longo ou mais curto. E exibe, pra quem quiser ver, fatos que muitas vezes o protagonista nem quer contar - ou de que se orgulha, não por virar notícia de jornal e revista, que vivem de juntar palavras pra contar as histórias de cada um e de cada dia, mas porque revela uma face humana cada dia mais rara.

A palavra tem peso e domina. Arrebata e suaviza. É brava, rebelde, reveladora e cruel. É chuva, sereno, mar e onda. É ternura e é lágrima. É nuvem e é neblina. É mormaço e é sombra. Aponta e esconde. Acusa e defende. Condena e livra. Morde e assopra. Mata e cura. Odeia e ama. É um abismo, uma curva, um deserto, um desvio, um assombro, uma cruz. É um recurso, um caminho, um destino, uma estrada, uma estrela, uma luz. A palavra é noite e é dia. É guerra e é paz. É não e é sim. É lua e é sol. A palavra é começo, é meio e é fim. Mas a palavra é essência, é verdade e é vida!

Ana Pereira de Sá e Antônio Remígio da Silva - por Jorge Remígio

Ana Pereira de Sá e Antônio Remígio da Silva, no dia de seu casamento em 1918. Ela era de Vila Bela. Veio para Custódia, provavelmente para casa de seu tio, Manoel Cassiano Pereira de Sá, pai de Noêmia Sá, que já morava em Custódia. Casou aos 18 anos. Antônio Remígio, veio de Monteiro-PB, por volta de 1915. Tinha 42 anos quando casou. Ele faleceu em 1938 com 63 anos. Ela faleceu aos 63 anos em outubro de 1963.

Jorge Remígio

Quem lembra do Jornal O LUXO

Exemplar de um obscuro jornal lançado em 1972 em nossa cidade. Não consta em suas páginas, detalhes sobre as pessoas que faziam parte dele. O LUXO, como era chamado, foi lançado em março de 1972 na Semana Santa. As manchetes que fizeram parte dessa primeira edição eram: Fofocas e humorismo, Teste de Fofoqueiro, Futebol e Conhecimentos.

Na apresentação do jornal, comenta-se que o jornal ficou alguns dias fora do ar devido as más interpretações e incompreensões dos jornais antecessores. A mesma apresentação informa ainda que, o objetivo do folheto era divertir e movimentar principalmente a juventude custodiense com brincadeiras e críticas com bom senso, sem atacar moralmente os personagens envolvidos em suas manchetes.

Em sua primeira página, temos piadas sobre pessoas da cidade, como Luizito, Dioclécio, Marcos Moura, Ely e Joãozinho de Abílio, Aírton Pereira, Fernando Vitor e Francisco de Mazé.

Na segunda página, um descontraído teste chamado de “PRÊMIO NOBEL DA FOFOCAGEM“, onde novamente, são citados personagem influentes daquela época, como José Melo, Cicera, Luizinho da Oficina, Lírio Pereira, Zé Esdras, Orlando Ferraz, Fátima Rael, Urbano Rafael, Marta Quidute, Rió, Lúcia Góis, Evaldo, Ruy Mariano, Zilda, Claúdio Moises, Gracinha Queiroz, Zé Euclides, Fátima Rodrigues, Ferdinando Feitosa, Maristela entre outros. Tudo no bom humor, sem difamação alguma no teste vale salientar. Ainda na mesma página, um interessante VOCÊ SABIA?

Por fim, em sua última página, uma matéria sobre o futebol custodiense, citando o SPORT CLUBE CUSTÓDIA, de propriedade do meu pai, Dr. Pedro Pereira Sobrinho e o SANTA CRUZ FUTEBOL CLUBE DE CUSTÓDIA. O esquadrão rubo negro comandado por meu Pai, deu muitas alegrias aos custodienses, como afirma no texto, chegando a ficar 9 partidas sem conhecer uma única derrota. O time em seguida começou a decair, e no dia 18 de Dezembro de 1971, surgiu o Santa Cruz Clube de Custódia. 

No final da matéria sobre o futebol custodiense, temos a chamada para um confronto no Estádio Carneirinho, as agremiações do SANTA CRUZ ESPORTE CLUBE DE CUSTÓDIA contra o esquadrão da PALMEIRON. A chamada do jogo noticia a presença de grandes craques de Recife, são eles: Edmilson, Cau, Fabiano e Rob. O goleiro é o festejado JAIRO. O jogo foi realizado no dia 02 de Abril de 1972, não sabemos o placar final desse confronto.

Finalizando um Samba Tricolor, de composição desconhecida:

O Flamengo

Santa Cruz e Pelé

Minha Gente

É muita bola no pé

Ô Ô Ô

Ô seu Doutor

foi besteira

aquela vaia

nos incentivou

§

Em tarde linda

Em tarde bela

Dando show no Carneirinho

Com jogadas de tabela

§

Alô Torcida

Alô cartola

O Santa Cruz é

Muita Bola

Texto: Paulo Peterson

Agradecer a Claudete Simões pela colaboração nos cedendo o jornal.

A mulher que emocionou o ex-presidente Lula

A custodiense D. Hilda Maria Rezende dos Santos (in memorian), na época, era presidente da Associação Comunitária de Caprinos e Ovinos no sitio Brabo em Custódia, fez o presidente Lula se emocionar num seminário em Brasília sobre aquisição de alimentos da agricultura familiar em 2013.

Miss Gay Custódia 2022 ganha título de Simpatia durante Concurso em Recife

 

Medley Sabrina
Miss Gay Custódia 2022
Eleita Missa Simpatia no Missa Gay Pernambuco 2022

Aconteceu no último dia 23 de Abril, no Teatro Luiz Mendonça, em Recife - PE, a 3ª Edição do MISS BRASIL GAY OFICIAL, produzido por Ângelo Santoro (atuante do segmento LGBTQIA+).

Este ano, o Concurso contou com 10 candidatos de várias cidades de Pernambucano, de Betânia, Bezerros, Caruaru, Gravatá, Olinda, Pesqueira, Petrolina, Recife, Serra Talhada e Custódia, representada por MEDLEY SABRINA, atriz, Dançarina, coreografa e transformista.

As candidatas desfilaram com seus luxuosos trajes de Gala mostrando muito luxo, beleza e glamour, durante o evento ainda houve shows de vários artistas transformistas da cena pernambucana.

A candidata vencedora foi da cidade de Caruaru, Loreen; a segunda colocação foi para Petrolina e Gravatá ficou com a terceira colocação. O prêmio foi R$ 1.000,00 e a vaga para disputar o certame nacional que será realizado este ano em Juiz de Fora-MG.

A Miss Gay de Custódia Medley Sabrina, saiu com o título de Miss Simpatia.

Redes sociais:

Miss Pernambuco Gay Oficial
Medley Sabrina

Deus é Grande? Plínio Fabrício

 

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Salmo Silva em novo trabalho "O Dia em que John Lennon morreu"

 

O ator custodiense Salmo Silva, informou ao Blog Custódia Terra Querida, com exclusividade que, amanhã dia 25 de Abril, estreia mais um novo trabalho artístico com sua participação.

O seu novo trabalho se chama "O DIA EM QUE JOHN LENNON MORREU", com vários atores conhecidos da TV e do Teatro. São eles: ADRIANA BIROLLI (Viver a Vida, Beleza Pura, Fina Estampa), EDUARDO MARTINI (O clone, Por Amor), REGIANA ANTONINI (Salsa e Merenguê, Perigosas Peruas), ANDERSON TOMAZINI (Dança dos Famosos e O Outro Lado do Paraíso).


Quem tiver interesse em assistir esse trabalho que será exibido através de streaming, deve acessar o SYMPLA e adquirir seu ingresso virtual, que dará acesso ao vídeo no horário indicado.


"O Dia em que Jonh Lennon Morreu"

Volta ao tempo para enfocar conflito de gerações, as descobertas da juventude, a ditadura militar e os sonhos perdidos de uma família de classe média carioca nos anos 60, 70 e 80. O autor relembra ídolos como James Dean, Che Guevara e John Lennon, além de fatos históricos, como a chegada do homem a Lua.

O conflito de gerações, as descobertas da juventude, a ditadura militar e os sonhos são abordados na peça “O dia em que John Lennon morreu”.

Com Direção Geral de Regiana Antonini, que conta com um elenco composto por: ADRIANA BIROLLI,  EDUARDO MARTINI,  REGIANA ANTONINI, ANDERSON TOMAZINI, SALMO SILVA E CLARA ANTONINI.

Texto: Ricardo Linhares
Direção: Regiana Antonini
Edição e Plataforma: Stephano Matolla
Produção: Joaquim Vidal
Realização: Barroso Pires
Dia 25/04
21h
Sympla via zoom

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Almir Mello - Projetos Musicais

Premiado espetáculo que marcou história de São José dos Campos-SP. Teve participação de mais de 90 alunos empenhados em transmitir toda a beleza da cultura Afro Brasileira.

CD "As bandas dos alunos".. Ensino de bateria e percussão 

NOVO CD DA "BANDA DE PAU A PIQUE"..

Direção musical: Almir Mello

Ressalta a cultura musical brasileira de forma original e atraente. Todos os músicos tocam e dançam, transformando as apresentações em momentos festivos de alegria contagiante. 

Fim da conversa no bate-papo

ORQUESTRA MENINOS DO GAMT DE CAÇAPAVA é fruto do projeto de educação musical  patrocinado pela FIBRIA e o Instituto Votorantim. Um feito inédito na história do Vale do Paraíba...

Direção musical e regência: Almir Mello

CIA DE BONECÕES DO GAMT de CAÇAPAVA-SP...

Coordenação Ana Sales e Direção Musical: Almir Mello

Tambaú Bi-Campeão Custodiense 1978

TAMBAÚ FUTEBOL CLUBE - BI CAMPEÃO CUSTODIENSE 1978. 

A PARTIR DA ESQUERDA: (GOLEIRO RESERVA DE ARCOVERDE), CHICO DE ANTUSA, LUCIANO GÓIS, CELSO DE MOACIR, BEL DE PEDRO MARIANO, EDMILSON PESTANA BRANCA, ZÉ ESDRAS E ELI DE MANOEL CONSTANTINO. 

AGACHADOS: (ARCOVERDE), BRASÍLIA, JORGE REMÍGIO, REGINALDO DO PROJETO SERTANEJO, (SERRA TALHADA) E EVALDO

Panorâmica da Serra da Torre

Mais uma bela foto, visão panorâmica da Serra da Torre, na Serra do Sabá. Para quem não sabe, um dos pontos mais altos do estado de Pernambuco, além de ter um visão belíssima de toda Custódia e região.

Foto: André Campos

Meu primo irmão Airton Pereira de Souza

Olha meu primo irmão, minha infância e adolescência foi muito feliz ao seu lado, você aproveitou as oportunidades transformadoras que a educação nos traz e tornou-se um grande advogado.

Formou sua família ao lado de Duzinha e teve filhas e netos maravilhosos.

É o ciclo da vida. Você era como um irmão. Vai deixar um grande vazio em todos nós. Estou triste, mas orgulhosa por ter compartilhado da sua vida.

Quero guardar com carinho no meu coração a sua memória e as lembranças de tudo o que vivemos, principalmente das suas prosas : "Miss dos Pereiras", "tu és brava que só um guará" e "gosto muito desta coisa"...

Hoje você está nas minhas orações.

Descanse em paz ao lado de Tio Adalberto e Dona Elvira.

Autora: Lenilza Pereira Lopes (Rosa de Pedro Vitor)

(*) Funções desempenhadas: Professor de Matemática no Colégio Ernesto Queiroz,  Colégio Técnico Joaquim Pereira, Contador e Advogado.

Alaíde do Bloco do Cariri - por José Melo

Filha de Alaide recebendo placa em homenagem 

a um dos foliões mais antigos de Custódia, 

durante o I Baile Municipal em 2009 no CLRC.

Alaíde era uma figura bastante popular em Custódia. Alto, forte, preto, tinha no sangue a ginga da raça negra. Seu jeito de andar, o trato nas unhas, o falar – um misto de carioquês com sertanejês eram notas marcantes nessa figura de muitas histórias pitorescas da Custódia de ontem.

Manteve por longos anos, uma das mais vivas tradições do carnaval em Custódia: o bloco do Cariri, misto de troça e bloco, que saía toda meia noite do sábado de Zé Pereira, acordando a pacata população dorminhoca da cidade. A meninada fazia de um tudo para não dormir antes do Cariri passar, com sua música característica:

Lá vem o cariri aí,

Com o saco de pegar criança

Pegando as moças solteiras,

Pega tudo quanto a vista alcança.

No bloco, as meninas de Carí, a respeitável chefe do Sipitinga, apelido dado à zona do chamado Baixo Meretrício. Carí comandava o bloco das meninas, auxiliada por sua fiel escudeira Hozana, mulher calma, baixinha, que iniciou tantos jovens na vida mundana do sexo.

Nem por isso o Cariri ficava restrito aquele mundo: naquela ocasião, democraticamente toda a respeitável sociedade custodiense estava representada no Cariri. Jovens de todas as idades, senhores respeitosos, crianças, enfim, ao sexo masculino era permitida a participação plena naquele evento, que ocorria sem nenhum problema, sem excessos e sem exageros, pois a única obrigação de quem participava era brincar ordeira e alegremente.

Com um megafone, Alaíde fazia as vezes de mestre de cerimônia, determinando o roteiro, o ritmo, os passos, enfim, coordenando todo o desfile do bloco, que saía do Alto da Cadeia, passava pela Rua da Remela, descia a Avenida Manoel Borba, circundava o Quadro – como era chamada a Praça Padre Leão, sempre cantando e dançando ao som de sanfona, zabumba, violão e tudo o mais que produzisse barulho.

Ao raiar do dia, o bloco retornava ao ponto de origem e se dispersava tranquilamente, cada um seguindo a sua rotina de sempre, e aguardando o carnaval do próximo ano, para mais uma vez alegar a madrugada dos domingos de carnaval de Custódia.

Texto: José Soares Mélo (jotamelo@exatta.com)

Custódia boa de bola - Por José Melo

Na década de sessenta, Custódia vivenciou momentos de glória no futebol da região. “Era temida e respeitada por equipes de toda a Região, principalmente pelos craques que possuía: o goleirão Gabiru, morenão alto, sempre com um “pacaia” na boca, e que não dispensava uma ”branquinha” no aquecimento antes dos jogos. Pegava tudo. Recordo que a título de gozação, os torcedores levavam um jornal e um tamborete, que Gabiru botava sob as traves, e ficava calmamente folheando o jornal (muitas vezes de cabeça prá baixo). Quando a bola se aproximava jogava fora tamborete e o jornal e preparava-se para agarrar a bola.

Na defesa uma dupla imbatível: Pelado e Branco, este famoso pelo chutão que dava nos tiros de meta. Pelado era temido pelas entradas bruscas que dava nos atacantes adversários, sempre “arriando os meiões”, como se dizia. Tinha também um moreno baixo forte, bom na defesa:Alfredo. Driblador rápido e ágil era Toreba, galego baixinho, forte, troncudo, que sempre conseguia chegar a meta adversária. Zequinha de Mestre Alfredo era outro de quem recordo. E muitos outros cujos nomes me fogem a memória. E esporadicamente (nas férias escolares) a equipe era reforçada com os estudantes que passavam as férias na cidade, a exemplo de Hélio e Beto Marinho, atletas temporários, mas muito exigidos pela torcida. Muitos outros que infelizmente não consigo recordar fizeram a história do futebol da Custódia daqueles tempos.

Era comum a realização de amistosos intermunicipais da equipe de Custódia com equipes de cidades vizinhas: Sertania, Monteiro, Flores, Sítio dos Nunes, Tavares, Princesa Izabel, Arcoverde, entre outras. Tais amistosos eram de partidas duplas: uma em Custódia, outra na cidade visitante. Dia de jogo a cidade inteira parava pra ver os atletas. Vendedores de pipocas, de gelada, de cocada, faturavam um dinheirinho extra. Havia apostas, disputas, brigas, tudo que a que uma boa partida de futebol tinha direito naqueles tempos.

O “estádio” era um campinho que ficava exatamente onde hoje é o Posto Tamboril. Cercado por cerca de aveloz, a cancela fazia às vezes de portão, onde funcionava a bilheteria, que se resumia a um cobrador recebendo o valor da entrada. Isso para os adultos e pessoas mais bem aquinhoadas. A nós, a molecada pobre, restava circundar o Grupo Escolar General Joaquim Inácio, pegar um corredor que havia por traz e entrar sorrateiramente, escondido dos vigias que guarneciam a cerca.

Bons tempos aqueles! A despeito das dificuldades da época, sempre apareciam torcedores dispostos a colaborar, ajudando financeiramente na aquisição de padrões ou custeando parte das despesas de viagem às cidades vizinhas. E a torcida era igualzinha a uma que conheço: briguenta, forte, entusiasmada, sempre defendendo a equipe local. Terminado o jogo, não raro havia um baile. Os atletas locais hospedavam os visitantes, e no jogo da volta a mesma coisa acontecia lá na outra cidade. Era uma forma de manter o bom relacionamento entre os atletas e torcidas, e que sempre deu certo. Pena que não mais ocorra isso.

Por José Soares de Melo 

[Almir Mello] Tema Da Vitória - Orquestra Meninos do GAMT

Orquestra Meninos do GAMT executando o "Tema da Vitória" na 

Festa de São João de Caçapava - 2013.

Regente: Almir Mello.

Apoio: Fibria e Instituto Votorantim

Miss Custódia Victoria Lorrany fez história no Miss Pernambuco 2022!

A Miss Custódia, Victória Lorrany, fez história ontem à noite em Caruaru, durante a realização do Miss Pernambuco CNB 2022, no Centro de Convenções, com transmissão da TV Criativa, emissora da capital do Forró.

O Concurso foi vencido pela cidade de Sertânia, com a Miss Luana Ferreira, a segunda colocação ficou com a representante da capital do Estado, Cinthya Moura. A terceira colocação foi da Missa Serra Talhada Amanda Pereira e na quarta colocação, a custodiense Victória Lorrany. Domínio total das candidatas do interior do Estado.

Nossa Miss fez história, não pelo fato de ser uma deficiente auditiva, mas pelas suas conquistas. Além da quarta colocação, foi a vencedora da prova Beleza Pelo Bem, uma das principais premiações do evento. Antes a melhor colocação estadual de Custódia, havia sido um quinto lugar com Rozangela Moura em 1977.

Victória tem 21 anos, é filha de Plínio Fabrício e Adriana Cordeiro.

No momento faz Pós Graduação em Libras, além de fazer faculdade em Designer de Modas.

Este ano, o Certame Estadual foi realizado pela Domínio Promo, da empresária Patricia Silva. O Coordenador Municipal Renna Alves, marcou presença no evento, recebendo no palco uma homenagem pela coordenação do certame.

REDES SOCIAIS

Instagram Miss Custódia
Instagram Miss Pernambuco
Instagram Victória Lorrany


Principais colaboradores:

Prefeitura Municipal de Custódia
Tambaú Industria & Alimentos
Unicesumar
Fotógrafo Klebson Alves Oliveira
Fernandas Make Up
Butik Moda 10
IMEC
Atan Eletro
Anderson Multimarcas

Encerramento da 1ª Turma do Curso "Escola de Negócios Atan"

Foto:  Atanael Rezende

 

Ontem, em Custódia-PE, eu participei do encerramento da 1ª turma do curso “Escola de Negócios Atan”, um dos mais bonitos projetos de cunho social da nossa empresa, cujo propósito é potencializar o talento dos futuros profissionais da nossa região.

Emociona entrar nesse ambiente e constatar o sucesso dessa escola. Cada aluna e aluno com quem conversei transmitiu uma grande alegria com o projeto, que, em apenas 40 dias, fez muita diferença para eles que, agora, seguem mais preparados para ingressarem no mercado de trabalho.

Frases como estas, quando ditas com sinceridade, emociona, e foi isso que sentimos, sinceridade:


- [ ] “Ficaremos tristes sem essa rotina diária e rica em conteúdo”;
- [ ] “Quanto aprendizado!… esse curso me incentivou a acreditar mais em mim”;
- [ ] “Nos emocionamos com a história de gente que se desenvolveu numa empresa da nossa terra”;
- [ ] “Quanta inspiração! Levarei muito de vocês para a minha vida”;
- [ ] (…)


Finalizo agradecendo a cada colaborador pela participação no projeto, bem como aos 4 instrutores contratados, e de modo especial aos 6 instrutores internos que, com muita satisfação se doaram para transmitir conhecimento técnico e experiência de vida e do mundo corporativo.

Parceiros, sem cada um de vocês os nossos projetos não sairiam do papel e os nossos sonhos não seriam realizados.

Por Atanael Rezende

Blog Custódia é acompanhado da Grécia

 Eliane e Dimitris

A custodiense Eliane e esposo Dimitris residem em Pyros, na Grécia, estão juntos há quase 30 anos. Através da internet, Eliane sempre está acompanhando pelo Blog Custódia Terra Querida, as novidades publicadas sobre a cidade, além de conhecer um pouco mais da história e de seus moradores. 

Eliane no Pathernon, o mais conhecido 

dos edifícios remanescente da Grécia antiga.

Por Paulo Peterson

Consórcio Cultural Moxotema realiza primeiro evento em Arcoverde prometendo fortalecer a identidade cultural na Região.

Foi criado o Consórcio Cultural Moxotema e sua estreia ocorreu no último sábado dia (9) em na Budega da Poesia em Arcoverde-PE. A iniciativa dos organizadores tem como objetivo apresentar a região o Moxotema, destacando os objetivos de fortalecer a identidade Cultural do Sertão do Moxoto Ipanema e promover intercâmbio entre os coletivos culturais e os artistas das cidades. Na ocasião foi lançada a logomarca do Moxotema e um cordel de apresentação poética das cidades, escrito por seus representantes. Em seguida um Recital de poesia e um Momento musical com Artistas das cidades envolvidas. Muitos poetas e músicos marcaram presença.

Os poetas custodienses Marcos Silva e Izaias Moura são os primeiros a fazer parte do Consórcio Cultural Moxotema de nossa cidade. Ambos não participaram do primeiro evento, mas prometeram que nos futuros vão marcar presença. Esperamos que demais poetas e pessoas envolvidas com cultura de Custódia possam participar e apresentar sua arte durante os próximos eventos do Moxotema.

Outros encontros e ações do Moxotema já estão em pauta e o grupo espera contar com o apoio dos artistas e agentes culturais da nossa região.

Contato: moxotema@gmail.com ou https://www.facebook.com/moxotema.cultural/

Plínio Fabrício - Tô indo embora, Painho!

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Ainda sobre o Padre Roberto Luciano...

Não sou Católico, pois não frequento a missa. Mas, tenho grande respeito pela a religião dos meus pais e avós e também grande consideração e admiração pelo o Padre Roberto Luciano, filho do saudoso Nezinho Henrique, lá do nosso Sítio Retiro.

O trabalho do Padre Roberto, em nosso município, é inquestionável. Hoje, cada Sítio possui sua Igreja e seu Padroeiro e cada comunidade pode congregar a sua Fé Católica sem precisar vir para a cidade.

Porém, devemos lembrar que todo Sacerdote cumpre uma missão, que é evangelizar e isso o Padre faz com maestria.

Evangelizar é fazer o cidadão conhecer Deus através do pregador, porém sem apego ao mesmo. No momento em que o Homem clama pelo o Homem, ele esquece o Criador. E é exatamente isso que acontece quando a gente pede para o Padre ficar.

Na condição de Cristãos, não podemos ser egoístas e devemos permitir que o Padre Roberto faça em outras comunidades o que ele fez na nossa. Pois, tenho certeza que isso é mais uma missão, a qual ele cumprirá com zelo e no tempo de Deus retornará para a sua casa primeira.

Se for da vontade de Deus, vá em paz, Padre Roberto Luciano.

Desculpem a discordância respeitosa!

Wallace Bispo

 

É mentira Terta? - por José Melo

Na Custódia de décadas passadas, havia um grupo de amigos que costumeiramente se reuniam nos finais de semana para botar o papo em dia e molhar a garganta. Um dos pontos preferidos da turma era o Bar de Joaquim Cabral, primeiro na antiga Bomba, como se chamava o centro da Avenida Inocêncio Lima, por abrigar um famoso posto de gasolina, depois na antiga Rua do Açougue, a Avenida Luiz Epaminondas, onde trabalhei auxiliando no atendimento aos clientes.

Entre os muitos freqüentadores, recordo Zé de França, Chefe do escritório local do IBGE, Zé Honorato, eletricista de autos, Manoel do Cortume, Firmino, funcionário Público, Chico Eugênio, Coletor Estadual, entre muitos outros.

Um dos passatempos a que assistia frequentemente, era a disputa pela mentira mais cabeluda. Das que ainda recordo, selecionei estas:

O cara fez uma curva tão rápido no seu caminhão, que o passageiro que ia na boléia chegou a ver a placa traseira do veículo;

O motorista contou que subiu uma ladeira tão íngreme no seu caminhão, que a cinza do seu cigarro, que estava na boca, caiu nos seus olhos;

A roça de dez hectares que o Avô de Zé de França preparou, quando ele botou fogo na broca (queima da vegetação derrubada para a roça), a bicha queimou tanto, mas tanto mesmo que a terra encolheu de dez para nove hectares;

Já outro motorista aloprado fez um curva tão rápido, na esquina do PTB, que o caminhão deu um grande tombo, deixando a marca do pneu no calçamento, com o nome” Firestone”;

O caçador só tinha um cartucho na sua espingarda, quando passou um bando de arribaçãs próximo Então ele rapidamente apontou para o bando, e no momento em que apertava o gatilho, balançou o cano da espingarda, espalhado os chumbos. A idéia deu tão certo, que dos oitenta chumbos que tinha do cartucho só um errou o alvo. Ele abateu setenta e nove arribaçãs com um só tiro. Quando viu aquilo pensou ser um milagre, e levantou as mãos para o céu, agradecendo. Nesse momento ia passando um grande perdiz que ele pegou facilmente. Deu um passo à frente e levou uma baita de uma topada. Era um imenso tatu, que ele segurou na hora.

Já o outro caçador contou: “ fui caçar de espera, de madrugadinha na bebidas das Juritis. Quando o dia vinha amanhecendo, apareceu tanta Juriti, mas tanta mesmo, que eu não podia parar de atirar, era “pei, pei, pei,”, foi mais de cinqüenta tiros.

Ao que o seu ouvinte pergunta:

“ – Você nem recarregava a espingarda?

A resposta foi imediata:

“ – E quem disse que dava tempo/”.

Texto: José Soares de Melo (jotamelo@exatta.com)

Cordel sobre Custódia apresentado nos 83 anos de Emancipação

Desde muito antigamente 

Ao falar do Sertão 

Lembra-se logo da seca 

E do bando de Lampião 

De Custódia terra querida 

Seco belo este torrão 

Foi lá no século dezoito 

Que essa história começou 

Povoamento iniciado 

Por Coronel Luiz Dodô

Do Distrito de Quitimbu 

A Cidade prosperou 

Esta terra pertencia 

À Cidade Lagoa de Baixo 

Hoje atual Sertânia 

E digo sem embaraço 

Custódia está mais bela 

E receba aqui nosso abraço 

Oh Custódia, Custódia 

Por tantos foi governada 

Desde o ano vinte e oito 

Muitos prefeitos passaram 

Vinte e dois é o total 

Dos homens que a governaram 

O primeiro foi Nemésio

Rodrigues que governou 

No ano de vinte e oito 

O mandato começou 

Concluiu no ano de trinta 

E Elpídio foi sucessor 

Aurélio Vasconcelos assumiu 

No ano de trinta e três 

Francisco Santana veio 

Governou até trinta e seis 

Major Inocêncio em quatro anos 

Por Custódia muito fez 

Ernesto Queiroz fez história 

Foi prefeito em três mandatos 

José Estrela e Jerônimo 

Felicíssimo e Adalto 

Joel Inocêncio e Francisco 

Zé Florêncio cabra macho 

Luiz Epaminondas Nogueira 

Prefeito em cinqüenta e sete 

Tenente Miguel, João Miro 

Fez obras que prevalecem 

Sílvio Carneiro e Luizito 

Custódia jamais esquece 

Djalma Bezerra e Belchior 

Major Viltal assumiu 

Nemias vem governando 

Até com boa maestria 

Aos Prefeitos de Custódia 

Agradecemos neste dia 

E nos dias atuais 

Custódia terra Querida 

Berço da liberdade 

Prosperidade de vida 

Cordão do bem fazer 

Vejamos que coisa linda 

Teu comércio tem de tudo 

Quando vamos procurar 

De loja de alto estilo 

Até coisa mais vulgar 

Só não compra quem não quer 

Ou quer sair do lugar 

Teu povo é hospitaleiro 

Respeitador já se viu 

Participante ativo 

Nesse mundo cor de anil 

Custodiense porreta 

Povo de beleza mil 

Terra do doce Tambaú 

Da Banda Arreio de Ouro 

Das grandes festas de gado 

Alegre é este povo 

Parabéns minha Custódia 

Felicidades assim louvo 

Parabéns Custódia 

Princesinha do Moxotó 

Completando mais um ano 

Na festa vai ter forró 

Vão ser muitas atrações 

Vai ser uma beleza só 

São oitenta e três anos 

De emancipação da cidade 

No dia onze de setembro 

Ela faz aniversário 

Festejando esse dia 

Receba nossa homenagem 

Autoria: Rogério Rodrigues de Oliveira (mais conhecido como Rogério do PETI.

Vídeos no Youtube com os alunos recitando

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