Este é o chafariz público, também conhecido por banheiro, foi construído provavelmente no início da década de trinta.
Em conversa com o Sr. Djalma Moisés (88 anos), nascido em Agosto de 1932, me falou que era criança quando transportou água do chafariz para sua residência.
Era localizado na Várzea, como se denominava a localidade, devido ser um baixio, vazante, próximo do leito do riacho periódico Custódia que corta parte da cidade, portanto, com água em seu subsolo.
O meu avô paterno Antônio Remígio da Silva (1875-1938), que era proprietário de um sítio que ficava por trás do prédio onde foi construído o chafariz, forneceu um cacimbão de onde a água seria bombeada até o chafariz, e de lá, abasteceria as latas d'água em torneiras.
O prédio ficava em frente ao curtume e vizinho ao sítio do Sr. José Mariano de Sá, conhecido por Zé Major, posteriormente vendido ainda nos anos cinquenta ao Sr. João Miro da Silva.
Nos anos quarenta, o Senhor conhecido por Duda, era o responsável. Espécie de gerente.
A água é de extrema necessidade e fundamental para a fixação humana em qualquer local do planeta.
Portanto, o chafariz público de Custódia, foi de relevante valor histórico, fornecendo água para comunidade por mais de cinquenta anos.
Fechando as suas torneiras só no ano de 1971, na administração Sílvio Carneiro, quando finalmente a água foi encanada até as residências da cidade.
DEPOIMENTO GENESIA MARIANO DE RESENDE
Genesia Mariano de Resende
Cacimba essa que abastecia de água as casas do povoado de Custódia e também tinha os primeiros banheiros públicos na cor creme, 3 de um lado e 3 do outro com uma porta no final de acesso para o sítio.
Cobravam 2 tões por pessoa. Não exista ainda a ponte, nem estrada e nem as casas na bomba, era um caminho apenas para chegar no sítio, as casas eram nas imediações da igrejinha, não tinha ainda em Custódia ruas bem definidas.
A Rua Tenente Moura, por exemplo, tinha apenas as casinhas de taipa dos Simãos. As ruas mais antigas eram formadas por poucas casas, com 3 a 5 ou pouco mais casas espalhadas.
Informações prestadas por Genesia Mariano de Resende, não soube informar quando foram construídos o chafariz e os banheiros da Várzea.
Essa fachada era diferente: no lugar da porta da esquerda, existia um janela, que servia de balcão para o recebimento das fichas de pagamento das latas de água. Na parte de baixo do janela havia dois canos de ferro, que abastecia as latas. A calçada era sombreada por um enorme pé de figo.
ResponderExcluirErnesto Queiroz Júnior (Ernestinho), em seu livro, Um Coronel Sem Patente Ed. 1979, relata que durante o governo municipal de Adauto Pereira (11/12/1957 - 15/11/1959), após grandes chuvas, o prédio onde funcionava o chafariz foi bastante danificado. Havendo portanto, a necessidade da restauração. Não sei dizer se a arquitetura inicial foi mantida. (Jorge Remígio)
ResponderExcluirParabéns Jorge remigio. Garibaldi campos
ResponderExcluirEzilda Rezende Cordeiro Zildinha
ResponderExcluirmorei na Várzea, até quando casei com 22 anos, o chafariz era onde muita gente lavava roupas e tomava banho,lembro demais, Maria de Aranha morava vizinha ao chafariz, lavei muita roupa lá, vinha gente da cidade toda lavar roupa, como vou esquecer esse lugar nunca. Somente saudades.
Waldomiro Silva
ResponderExcluirVerdade amiga Zildinho, não só lavar roupa mas pra tomar banho, pra lida da casa; onde hoje existe o mercado público tinha um campinho de futebol e a molecada usava muito pra jogar futebol; quando terminava de jogar tinha que ir no chafariz pra lavar os pés e as mãos pq ficávamos cheios de um pó preto que mais parecia cinza. Maria de Aranha brigava de mais com a molecada por causa da bagunça. Muita saudade dos bons tempos de infância, nosso tempo da Escola Maria Augusta.