01 novembro, 2020

Chafariz Público Municipal de Custódia

foto: Leônia Simões



RELATO DE JORGE REMÍGIO

Este é o chafariz público, também conhecido por banheiro, foi construído provavelmente no início da década de trinta. 

Em conversa com o Sr. Djalma Moisés (88 anos), nascido em Agosto de 1932, me falou que era criança quando transportou água do chafariz para sua residência. 

Era localizado na Várzea, como se denominava a localidade, devido ser um baixio, vazante, próximo do leito do riacho periódico Custódia que corta parte da cidade, portanto, com água em seu subsolo.

O meu avô paterno Antônio Remígio da Silva (1875-1938), que era proprietário de um sítio que ficava por trás do prédio onde foi construído o chafariz, forneceu um cacimbão de onde a água seria bombeada até o chafariz, e de lá, abasteceria as latas d'água em torneiras. 

Foto: Jorge Remígio


O prédio ficava em frente ao curtume e vizinho ao sítio do Sr. José Mariano de Sá, conhecido por Zé Major, posteriormente vendido ainda nos anos cinquenta ao Sr. João Miro da Silva. 

Nos anos quarenta, o Senhor conhecido por Duda, era o responsável. Espécie de gerente. 

A água é de extrema necessidade e fundamental para a fixação humana em qualquer local do planeta. 

Portanto, o chafariz público de Custódia, foi de relevante valor histórico, fornecendo água para comunidade por mais de cinquenta anos. 

Fechando as suas torneiras só no ano de 1971, na administração Sílvio Carneiro, quando finalmente a água foi encanada até as residências da cidade.


DEPOIMENTO GENESIA MARIANO DE RESENDE

Genesia Mariano de Resende

Antes desse chafariz, existia a Cacimba no Sítio Tamboril do avô Serapião Resende, onde depois de vendido, passou a ser Sítio Mata Verde (na bomba).  

Cacimba essa que abastecia de água as casas do povoado de Custódia  e também tinha os primeiros banheiros públicos na cor creme, 3 de um lado e 3 do outro com uma porta no final de acesso para o sítio.

Cobravam 2 tões por pessoa. Não exista ainda a ponte, nem estrada e nem as casas na bomba, era um caminho apenas para chegar no sítio, as casas eram nas imediações da igrejinha, não tinha ainda em Custódia ruas bem definidas.

A Rua Tenente Moura, por exemplo, tinha apenas as casinhas de taipa dos Simãos. As ruas  mais antigas eram formadas por poucas casas, com 3 a 5 ou pouco mais casas espalhadas. 

Informações prestadas por Genesia Mariano de Resende, não soube informar quando foram construídos o chafariz e os banheiros da Várzea.



Um comentário:

  1. Essa fachada era diferente: no lugar da porta da esquerda, existia um janela, que servia de balcão para o recebimento das fichas de pagamento das latas de água. Na parte de baixo do janela havia dois canos de ferro, que abastecia as latas. A calçada era sombreada por um enorme pé de figo.

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