14 outubro, 2024

Se vivo fosse, Antonio Noel faria 94 anos


Fotos: Acervo familiar

Esse é o meu pai, muitos tiveram a honra de o conhecer e conviver com ele, outros só o conhecem das histórias contadas através dos familiares. 

Meu pai, o homem que tenho o maior orgulho em falar, era um homem pobre, de uma família tradicional e unida. Era o Tonho Noel pra uns, para outros Tonho de Rosa Teixeira. Nascido em Tupanatinga, agreste pernambucano.

Para uns primos, que ele não considevam apenas como simples primos, eram nas palavras do mesmo, primos carnais (muito tempo depois, entendi o porquê desse carnal), ou sejam, eram irmãos: Zezinho de Amélia (o primeiro a se despedir de todos), meu pai foi em seguida, João de França (in memória), João de Morena (in memória), João Rodrigues (primo e parceiro nas feiras das regiões vendendo cereais), Odilon Teixeira (primo e também feirante junto ao meu pai e ao seu futuro genro), Lourenço Alves (in memória) e Lourenço Alves de Souza Sobrinho. 

Hoje, a saudade bate com mais força e nos deixa mais frágeis, pois completa 38 anos que nos deixou. Era um homem bastante rígido com suas regras, mas um pai, marido, filho e irmão cheio de amor e muito carinho. 


Meu pai quando Deus o chamou, eu tinha apenas 14 anos. Durante esse pouco tempo em sua companhia, nunca o vi destratar minha mãe com uma palavra, com nós os filhos, ele falava com os olhos e nós entendíamos muito bem o significado. 

Papai, mesmo depois de mais de três décadas digo que queria muito ter o senhor ao nosso lado (tudo poderia ter sido diferente), infelizmente o destino já vem traçado e ninguém tem o poder de mudar. 

Queria sim ter o privilégio de dizer, meu pai vai fazer 94 anos (tantos vivem mais do que isso). Hoje sei que onde estás deve ser bem melhor que aqui, mais iluminado. Tenho certeza, papai, que o senhor nunca nos abandonou. Te amo muito e sinto sua falta!

Maritônia Cavalcante Souza
filha

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