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25 maio, 2025

[Biografia] Cachoeira da Onça: um berço do Coco de Roda nos Sertões



Biografia publicada na
Revista O Grito


A tradição oral garantiu a preservação do coco de roda da região de Quitimbu, no sertão de Pernambuco. Mas representantes dessa tradição ainda sofrem para provar que essa cultura existe, pois faltam materialidade dos folguedos para além da memória coletiva

Por Leo B. Lemos
jornalista. Natural de Afogados da Ingazeira, ele desenvolve trabalhos em comunicação e marketing.

6 de dezembro de 2024, 19:23

No interior de Pernambuco, mais especificamente entre as divisas de Custódia (Moxotó), Afogados da Ingazeira e Carnaíba (ambas no Sertão do Pajeú), um intenso movimento de Coco de Roda resiste ao tempo e ao apagamento ao qual estão em perigo os folguedos da cultura popular. 

É dessa região que nasceram os pioneiros da Família Calixto, que hoje fazem história em Arcoverde e transformaram a cidade na Capital do Coco. É de lá, também, que vieram os integrantes do Coco Negras e Negros do Leitão, hoje Patrimônio Vivo de Pernambuco; além dos grupos Coco das Abelhas e Coco do Travessão, ambos de Carnaíba. A região possui, ainda, dois grupos mirins, em Carnaíba e Custódia respectivamente, com formação intermitente.

Mas são os integrantes do Samba de Coco Cachoeira da Onça, próximos de Quitimbu (distrito de Custódia), que mais chamam a atenção, por ainda residirem no lugar de onde saíram todos os outros grupos: são, por tanto,  “guardiões” da tradição do Coco que persiste em germinar nessa localização. 

Eles são liderados por Mestra Joana, 74 anos, uma mulher negra e quilombola, pessoa de um jeito tímido, mas voz potente. Ela é uma das poucas Mestras do Coco no interior de Pernambuco. Ao subir ao palco do Festival Lula Calixto (Arcoverde), em agosto de 2024, Joana presenciou uma plateia dispersa concentrar-se nela em coisa de minutos, graças ao seu jeito de cantar firme e potente.

A repercussão após a apresentação foi instantânea, com as pessoas querendo saber dos discos do grupo, onde encontrá-los, como segui-los. 

O ano de 2024 foi o primeiro ano de carreira artística oficial para Joana, mas ela brinca com Coco desde que se entende por gente. “O Coco é nossa tradição. Vem dos antigos, a gente brinca sempre nas festas de fogueira (São João) e tinha muito coquista bom, meus tios Luiz Gonçalo, Zé João, João Gonçalo…”, relembra. 



Mestra Joana da Silva, 74 anos, líder do Samba do Coco Cachoeira da Onça -
 neta dos primeiros brincantes e atualmente é uma espécie de “representante oficial” dessa tradição,
já que é a única que permaneceu no território onde nasceram seus antepassados.
(Foto: Isabela Britto/Divulgação)

Joana ainda explica que não existia grupo como hoje: os parentes se encontravam e revezavam a brincadeira, e apesar da história não citar as coquistas mulheres, Joana relembra que suas tias Messias Gonçalo e Joana Gonçalo também eram grandes coquistas no improviso e desafio (quando um cantador desafia o outro a entregar rimas criativas): “Mas nós mulheres ficávamos na parte da cozinha. O Coco mesmo a gente só sambava, e essas cantadoras só entravam pra cantar depois que os homens já estavam cansados, mas o Coco durava a madrugada toda, tinha espaço para todos”, destaca.

Das vivências dessa época, Joana guardou canções e versos e acabou transformando-os num jeito de cantar que naturalmente a levou ao posto de Mestra do Coco na região: todos entre o Moxotó e o Pajeú conhecem sua potência e, pela primeira vez, ela e o grupo chegaram a concorrer ao Patrimônio Vivo de Pernambuco, onde ficou atestado pela comissão diversos elogios a sua originalidade mas, infelizmente, também atestou-se a falta de comprovação de certas atividades – o que para um grupo quilombola é uma constante, já que nem acesso a fotografia eles tinham até pouco tempo atrás.

“A gente tem uma origem muito simples. Foram as políticas públicas das últimas décadas que deram alguma dignidade ao nosso povo, como a cisterna, o Bolsa Família, e agora esses investimentos em cultura, mas antes não tínhamos as condições que temos hoje. Até para ter uma foto era muito difícil”, explica Josefa Maria da Silva, conhecida como Nenega, sobrinha de Joana e uma das poucas da região que formou-se e hoje atua na área da Educação.

Através dos estudos de raça promovidos pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde Nenega estuda, ela encaixa o grupo em diversas atividades relacionadas à valorização quilombola: “Não temos trabalho nenhum em provar a quem nos vê pessoalmente sobre o nosso talento: é só cantar e sambar que o povo se encanta”, reflete.

O vilarejo de Quitimbu já chegou a ser sede de Alagoa de Baixo, atual Sertânia.
Sua formação é anterior à criação do município e guarda forte histórico cultural
com as comunidades quilombolas de Custódia e também dos municípios vizinhos.
 (Foto: Murilo Cavalcanti/Cortesia)


O encanto, aliás, é constante onde ela vai. Durante o Festival Lula Calixto, por exemplo, a educadora física Aline Longui ficou fascinada por ela: “Quando vi Mestra Joana no palco em Arcoverde, me acessou uma força matriarcal, pelo timbre de sua voz… me remeteu ao canto das lavadeiras, sua peculiaridade na maneira de tocar o ganzá, e a simplicidade da potência da mulher nordestina, na força da presença, na confiança de subir no palco e mostrar o que é, o que faz… foi poético, foi forte.. foi inspiradora”, relembra.

A mesma admiração ainda ocorreu no Festival Xerém Cultural (Afogados da Ingazeira), em julho de 2024, quando uma grande roda de Coco logo se formou e só se dispersou quando a mestra deu seu adeus. “A gente percebe a importância da participação dela nesse lugar de não apenas empoderamento, mas literalmente poder, porque nas rodas de coco tem mais mulheres sambando do que no microfone, cantando seus versos. Achei muito potente a Mestra Joana liderar. Sem dúvida é um diferencial e é muito empoderador, representativo”, reflete Lúciio Vinicius, organizador do Festival.

Mas o palco mais emblemático foi o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), onde o grupo abriu a tarde de apresentações apenas com curiosos e encerrou a participação com uma grande roda e muitos aplausos. Nos bastidores, havia uma fila de pessoas procurando especialmente pela mestra.

“Eu não sei o que as pessoas veem em mim não, povo besta, eu sou normal”, sentencia a Mestra, às gargalhadas, enquanto nos preparamos para essa entrevista. De três encontros para produção do material, apenas em novembro Joana se mostrou mais íntima, e por isso mesmo, mais confortável para dividir conosco as histórias de resiliência e sabedoria popular que norteiam a existência de sua comunidade e seu grupo de Coco de Roda.

“A gente brinca de Coco desde sempre aqui nesse barro vermelho, tudinho por aqui [Joana aponta para o terreiro de sua casa]. A gente faz o Coco que nem sente, e eu estou à frente né? Vocês dizem que sou Mestra, então tá dito. Mas eu sou só uma filha de Deus que não sei de nada”, sentencia.

Não enxergar-se como artista, aliás, faz parte da mentalidade simples desse povo: o irmão de Joana é ninguém menos que Inácio Pedro da Silva, 78 anos, Patrimônio Vivo de Pernambuco pelo Coco de Roda de Afogados da Ingazeira. Ele também não se sente Mestre do Coco: “são vocês que dizem, eu agradeço”, brinca.



Márcio (E), Joana ao centro e Inácio Pedro (D)
durante o lançamento do Comitê de Cultura em PE
 em Vicência, setembro de 2024.
(Foto: Leo Lemos/Divulgação).


Joana, Inácio, os Calixto e o distrito de Quitimbu compõem um complexo emaranhado de acontecimentos da cultura popular que legitimam a zona rural de Quitimbu, especialmente suas 17 comunidades quilombolas, como esse lugar de berço para o Samba de Coco no Sertão: nas escolas da região, o Coco é ensinado desde cedo, inclusive com grupos mirins; pelas ruas, os cabelos crespos são assumidos e volumosos, mostrando que há consciência e valorização do ser negro; nas festividades, todos entram na roda com sorriso largo no rosto. O Coco contagia.

Histórias quilombolas e sobre resistência

Na brincadeira com Joana estão seus filhos: Suely (49 anos), Socorro (51) e Márcio (39), todos de sobrenome Silva. Márcio virou uma espécie de representante do grupo: ele lidera a logística de viagens com sua Chevrolet D20 vermelha que trafega firme pelas difíceis estradas da zona rural de Quitimbu até a Sede de Custódia ou Afogados da Ingazeira. 

Completam o time as netas Kaline (28) e Kaliane (26), filhas de Socorro; e os familiares e amigos Josefa Maria (39), Jênecy (26), Suely (49), Antônio (62), Marília (26), Ariel (15), José Leandro (39) e Luciélio (15), todos também de sobrenome Silva. Por fim, Mestre Pimenta, 76 anos, ou José Herculano, é a dupla de Joana nas sambadas e um exímio embolador.

A tradição de brincar o Coco em família até hoje reforça o quão intenso foi internalizada a herança histórica do folguedo para a comunidade: nela todos têm um grau de parentesco e todos sabem quem são os antepassados, porque já ouviram falar das histórias compartilhadas. 

Os relatos apontam Antônio Gonçalo e Joana Maria da Conceição como os antepassados mais distantes que se tem notícia, mas não se sabe se ex-escravos ou já libertos. Deles, descendem uma leva de brincantes que incluíam Joaquim Gonçalo, Messias e Joana Gonçalo (tio avô e tias avós de Joana, respectivamente). 



O grupo lançou um EP intitulado “No Terreiro de Mestra Joana”,
que está disponível em todas as plataformas musicais.
(Foto: Leo Lemos/Divulgação).


Sem contar Pedro e João Gonçalo que não eram coquistas, mas criaram uma geração de filhos exímios na brincadeira. Os filhos de João são Zé João (que viveu no começo do Século XX), Inácia Gonçalo, Josefa Gonçalo, Sebastião Gonçalo e Manoel João, além de Azinaldo Gonçalo, que foi mestre do Negras e Negros do Leitão com Inácio Pedro até meados dos anos 2000.

Já por parte de Pedro Gonçalo vieram, entre vários filhos, os irmãos Joana Maria e Inácio Pedro, hoje dois importantes mestres do Coco.

Neste ponto, é importante traçar o contexto histórico da região de Quitimbu: a ocupação portuguesa dessa área, até então originária, se dá a partir do século XVIII, principalmente através da chegada de criadores de gado via Floresta, Ingazeira e Flores – nos três casos, através de bacias hidrográficas ligadas ao à época e, nas quais, Bandeirantes da Bahia passaram a invadir os Sertões para criação de gado, a partir de acordos que envolviam a Igreja Católica e a Coroa Portuguesa.

Inclusive é na região da Ingazeira, no Pajeú, que há o impressionante relato da “Guerra dos Bárbaros”, movimento de resistência dos povos originários que inclusive consta em documentos oficiais enviados a Portugual à época.

No Moxotó, tal e qual no Pajeú, também havia povos tradicionais e, no exemplo de Quitimbu, a região apontada como sagrada para esses povos é era a Serra Negra, atual Serra do Sabá (ou Serra das Antenas, próximo às regiões quilombolas do município).

No caso da ocupação da região onde hoje fica Quitimbu, o fazendeiro Luiz Tenório de Melo Dodô é apontado pela história “oficial” como o criador de tudo. Mas, como bem diz a publicação Sertão Quilombola, do Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF), publicada em 2008, é importante dar vazão a outras versões da história.

A equipe do Centro visitou todos os territórios quilombolas nos Sertões nos primeiros anos da década de 2000 e documentou algumas das histórias até então apenas existentes no campo da oralidade – relatos que contradizem a “versão oficial”.

Dentre as histórias, as mais chocantes dizem respeito aos golpes aplicados pela família Tenório de Melo com relação aos meeiros, quando trabalhadores cultivavam em terras alheias e, como contrapartida, teriam que dar a metade da produção ao dono da terra.

Ou, pior, quando pessoas negras assinavam papéis sem saber do que se tratava e acabavam perdendo seus pequenos terrenos adquiridos ao longo de uma vida. Não à toa, na contemporaneidade, os terrenos da maioria dos moradores da região não passam de 30 hectares, conforme aponta outro estudo importante de Quitimbu, intitulado Quilombo de Buenos Aires: caracterização histórica, econômica, ambiental e sociocultural, de Geraldo Barboza de Oliveira Junior.

Esses relatos estão explícitos no livro Ser Quilombola e são reforçados pelo professor Maurício de Siqueira Silva que estuda os movimentos quilombolas do Moxotó e Pajeú. Para ele, o traço mais relevante da história dessa localidade é que muitos dos negros contemporâneos são descendentes diretos do quilombo União de Palmares. 

“Há diversos relatos orais, muitos deles registrados pela professora Bernadete Lopes (especialista em pesquisas quilombolas natural do Pajeú), que comprovam que o fluxo migratório de muitas matriarcas e patriarcas aqui da região se inicia em União dos Palmares. De lá alguns se acomodam em Castainho (atualmente Garanhuns) e descem para cá. Uma das primeiras negras a chegar em Quitimbu teria sido Mãe Lindu, e possivelmente ela é tia-avó de Mestra Joana e Mestre Inácio”, afirma. 

Siqueira ainda reforça que a região de onde nasceram os Calixto, Sítio Estreito, hoje  chamada de Sítio Severo, tem  ligação cultural com Quitimbu.  A Matriarca dos Calixto, dona Lourdes, porém, afirma  que não se lembra de ter vivido o Coco de Roda na época de Quitimbu, apesar dela frequentar as festas religiosas. 

Já Mestre Inácio Pedro e Miguel Mulato, alguns dos mais velhos da região, apontam que possivelmente eles tiveram contato sim, porque algumas das festas religiosas tinham puxada de samba. Josefa Maria da Silva, a Nenega, que é sobrinha tanto de Mestra Joana quanto de dona Lourdes, acredita que ela também deva ter tido contato, apesar do desenvolvimento artístico deles no Coco, de fato, ter se dado mais fortemete em Arcoverde. 

Festas de fogueira e aniversário de Mestra Joana

Voltando a Joana e ao Samba de Coco Cachoeira da Onça,  a brincadeira do folguedo existe desde sempre ao longo da vida de seus integrantes, mas, enquanto grupo artístico organizado, é recente sua formação. Atualmente a comunidade samba nos fins de semana festivos, samba no São João e em pequenos momentos relacionados à cultura negra, com o mês de novembro. 

A sambada do São João é a mais importante, porque dia 23/6 é também aniversário de Mestra Joana. “É uma festa bonita, junta gente de todas as redondezas. É bom demais”, descreve Joana, com um sorriso largo. 

Na edição de 2024, a festa entrou pela manhã e foi encerrada com a curiosa brincadeira do boi, onde todos os participantes ficam numa roda, formando uma corrente humana, enquanto os sambadores cantam uma canção específica sobre o boi, com direito a improvisos; uma única pessoa finge ser o animal e tenta passar da corrente humana: quem deixar o boi passar, paga uma prenda à comunidade. 

A celebração é garantia de sorrisos e encerra com leveza a celebração junina na comunidade, historicamente chamada por eles de “festa da fogueira”.

Até os anos 1990, com a situação econômica do Nordeste mais fragilizada, o Coco de Roda era também intimamente ligado ao laboral, fosse na construção de casas de taipa ou nivelamento de terreiros, ou nas casas de farinha e fabricação de derivados da mandioca : lá o Coco era solução para aliviar a exaustão.

Hoje, praticamente não existe nivelamento de terreiros, e o trabalho nas casas de farinha são motorizados. Mas o Coco de Roda entrou para esse lugar artístico e se reinventa: enquanto os integrantes mais velhos do grupo nem sempre se enxergaram como artistas, os mais jovens não só se enxergam como vislumbram um futuro melhor para o grupo, como Marília Andressa da Silva, 27 anos, que está compondo e criando novos sambas, como “Você Não Sabe o Que Pode Fazer o Nego”, lançada com exclusividade no mês da Consciência Negra de 2024.

“Um dia seremos nós as mestras e mestres do Coco, os mais jovens de hoje, então é importante a gente ir criando novas coisas e experimentando novos arranjos e jeitos de tocar”, destaca Andressa. “Antes tudo aquilo era apenas uma grande brincadeira, depois foi ficando sério”, reforça Márcio da Silva, filho de Joana e afilhado de Mestre Manoel Miguel, do Coco Negras e Negros do Leitão. 

Foi Márcio que, em 2023, iniciou uma busca por produção local que pudesse colocar o grupo no patamar de outros grandes grupos como os de Arcoverde. Com isso, apenas em 2024 o grupo acessou palcos importantes como Xerém Cultural (Afogados da Ingazeira), FIG (Garanhuns), Lula Calixto (Arcoverde) e Apresentação do Comitê de Cultura PE (Vicência). 

O grupo ainda lançou um EP, intitulado “No Terreiro de Mestra Joana”, que está disponível em todas as plataformas musicais.

Do esforço do grupo em manter a tradição do Coco e o respeito aos Mestres, especialmente a valorização de Joana e todo seu conhecimento, sinais do fortalecimento da cultura negra aparecem por todos os lados, como a comunidade inteira entrar na roda de Coco nos festejos, especialmente as crianças que brincam com naturalidade; ou as mulheres que abandonaram os alisantes para voltar aos cabelos crespos e naturais: tudo sinaliza um claro orgulho da história e do que são. 

Assim, os integrantes sinalizam que especialmente a tradição do Samba de Coco nesse berço do Coco, que é Quitimbu, estará preservada e garantida às próximas gerações. Vida longa e frutífera ao jeito original e único de brincar o Coco que só a região de Quitimbu e suas comunidades quilombolas produz. 

Crédito: REVISTA O GRITO



Brincadeira do boi no São João de 2023


Esse boi tá diferente como é tradição na nossa festa de São João, todos os anos fechamos a celebração com a brincadeira do boi: uma pessoa no centro da roda tenta romper o círculo de pessoas, que reforçam pra o boi não fugir. Enquanto isso nossos cantadores embalam a brincadeira com clássicos do Coco e cantigas populares.

A tradição é ainda mais importante em nossa comunidade porque o aniversário de nossa querida Mestra Joana é 23 de junho; e por isso temos sempre o prazer de receber vários integrantes de grupos populares da região, como os Mestres do Coco Negras e Negros do Leitão. Manoel Miguel e Inácio Pedro são figuras típicas em nossas festas de fogueira.

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23 maio, 2025

Quem foi Pantaleão de Siqueira Barbosa, o maior latifundiário do Moxotó.




Mestre-de-campo e um dos portugueses mais famosos da Ribeira do Moxotó, em todos os tempos, sendo ele o senhor de extensas sesmarias, onde foi encravadas diversas fazendas nos municípios de Sertânia, Custódia, Inajá, Águas Belas e Buique. 

Era avô de José Joaquim de Siqueira, que casou com 
Dona Custódia, segundo o historiador Nelson Barbalho, citando Ulisses Lins de Albuquerque (em Moxotó Brabo).

Nasceu entre Minho e Douros, em Portugal.

Foi casado com 
Ana Leite de Oliveira, com quem teve 9 (nove) filhos, foram eles: Manuel José de Siqueira (Capitão-Mor), Joaquim Ignácio de Siqueira Barbosa (Capitão-Comandante), Antônio de Siqueira Barbosa (Tenente-Coronel), Maria do Ó de Siqueira Oliveira Melo, Luís Rodrigues de Siqueira,, João de Siqueira Barbosa, Pantaleão de Siqueira Barbosa Filho, Napoleãode Siqueira Barbosa e Ana Leite de Oliveira

Essas suas terras, Pantaleão Siqueira as adquiriu em Sergipe del Rei, em 1738, ao que aqui chegou para tomar conta das mesma, que eram antes propriedade dos Padres da Congregação de São Filipe de Nery, no Recife (PE).

Nelas surgiu a bicentenária Fazenda Jeritacó, em 1842, onde erigiu uma pequena capela sob a invocação de Santana, em homenagem a moça com a qual casara. Fonte: Roteiros de Velhos e Grandes Sertanejos, pag. 1151, LUIS WILSON). 

Pantaleão chegou as margens do Moxotó juntamente com um irmão, Manuel José de Siqueira e de outro português chamado Gonçalo Correia da Cruz. Seu irmão Manuel se fixou no local "Poço do Boi", onde erigiu um cruzeiro de madeira. Já o outro, Gonçalo, se fixou na Fazenda Algodões, próximo a vila de Rio da Barra.

Fonte: Genealogia Pernambucana/Saulo Duarte 

22 maio, 2025

Há 30 anos, Luizito nos deixava para entrar na história!



Hoje 22/05 faz exatos 30 anos que meu pai
Luiz Epaminondas Filho (Luizito) encerrava
seu ciclo terreno e partia nos deixando um
vazio imenso....

Mesmo depois de tantos anos o luto não
passa, e a dor da saudade não acaba, se
transforma ao avançar dos dias, essas
lembranças virão companheiras de estrada, e
quando o abraço faz falta, é só revirar as
páginas da nossa memória e lá está o abraço
 forte, o alicerce ......

Tenho um grande e valioso baú de lembranças, 
 graças a Deus eu tive um pai inesquecível,
 não só para mim, mas para muitos dos meus
irmãos conterrâneos...

Há 30 anos eu perdi meu pai e Custódia perdia seu filho querido,
o seu grande administrador.

Tento todos os dias alcançar só um pouquinho
o que ele foi e fez e representa para mim na
convivência com as minhas filhas.

O meu maior orgulho é ser filho de Luizito!!!
 
Grandes heróis deixam saudades,
muitas saudades Pai...
Sou sua fã maior

Que a luz seja a tua companhia na eternidade
Um grande beijo

Autoria: Flávia Epaminondas (Filha)


Tambaú Alimentos foi destaque no JC Recall de Marcas 2025




A Tambaú Alimentos foi destaque no JC Recall de Marcas 2025, garantindo o 1º lugar nas categorias Catchup e Doce de Goiabada, e o 2º lugar em Extrato de Tomate.

Essa pesquisa do Jornal do Commercio mostra as marcas que os consumidores pernambucanos mais lembram com carinho. Foi realizada pela Cenário Inteligência, consolida as marcas mais lembradas pelo consumidor pernambucano.


O JC Recall de Marcas chega a sua 27ª edição, mantendo o prestígio e o reconhecimento das empresas mais citadas pelos consumidores pernambucanos. Evento foi realizado no Restaurante Ruffo, no centro do Recife.

Para 2025, o evento teve como tema 'Marcas que Criam Relações, Não Só Reações'. 



Raissa Gonçalves
Gerente de Marketing

O evento reconhece e prestigia as marcas mais consolidadas do mercado. Esta é uma forma de valorizar cada empresa, assim como seus respectivos investimentos em estratégias de comunicação e qualidade de serviços/produtos oferecidos ao povo pernambucano. 

21 maio, 2025

Padre Antônio Duarte. Um Pároco esquecido.


Padre Duarte


Eu ainda criança, por volta dos dez anos de idade, ouvi muito a minha mãe falar de um padre que exerceu o seu sacerdócio em Custódia, na juventude dela. O Padre Duarte, era assim que se referiam a ele. Até por minha pouca idade, não dei muita importância aos seus relatos, mas, na minha juventude, o interesse por esse personagem carismático foi evidente. Ele causou uma revolução na sociedade custodiense durante o seu paroquiato, por volta do ano de 1935 até meados da década de quarenta.

Usei a palavra revolução porque ela representa uma mudança radical no estado das coisas, e foi justamente o que ocorreu em nossa cidade. Ele tinha vários talentos, era poeta, compositor, eletricista, tinha noções de arquitetura e engenharia, orador, como também cantava divinamente as músicas sacras.



Igreja Matriz ainda sem a torre e com torre em construção.

O seu antecessor, Padre Leão Pedro Verzeri, que era arquiteto de formação acadêmica, dedicava-se quase exclusivamente às ordens sacerdotais, porém, deixou um grande legado: a construção da bela igreja de São José, iniciada próximo de 1920. Devido a precariedade e dificuldades econômicas, a construção do templo ficou inacabada e não foi possível edificar a torre, ficando assim por mais de dez anos.

Por volta de 1937 ou 1938, o Padre Duarte tomou a iniciativa de reunir várias pessoas de Custódia, autoridades, comerciantes, rapazes e moças, e foram em cima de caminhão até a fazenda São Gonçalo, pertencente ao industrial do caroá, Dr. Aurélio José de Vasconcelos, fazer um pedido, que ele custeasse a obra para conclusão da torre da nossa matriz. O qual, sensibilizado, arcou com todas as despesas, e no ano de 1939, finalmente a igreja ficava exatamente como na sua planta original.

O Padre Duarte, logo apôs a sua chegada, oriundo da paróquia de Floresta, encaliçou e pintou as paredes externas do templo, que eram em tijolos aparentes, construiu a calçada frontal e também a casa paroquial. O sacerdote deu vida e deu alegria à cidade, até então excessivamente monótona. A juventude, chamada à época de mocida
de, raramente tinha diversão. 

O padre contribuiu muito para que as festas tradicionais que se comemoravam durante o ano, tivessem uma maior participação do povo do lugar. A festa do padroeiro São José; o mês de maio cultuado com bastante veneração; o São João com balões, fogueiras, comidas típicas; e as festas do final do ano, Natal e Ano Novo, ficaram repletas de atrações culturais, a exemplo de pastoris; quermesses; dramas, que era uma encenação teatral; jogos e danças.

O salão paroquial, que ficava onde hoje é a Escola Maria Augusta, na Rua João Veríssimo, passou a ser um espaço dedicado à juventude. Alí encenava-se peças teatrais, a exemplo de uma que ficou na memória do povo, comentada por José Carneiro em seu livro, que foi a peça “A Louca do Jardim”, tendo como protagonista Luzia Aleixo, filha de seu Cassiano. Os afinados cantavam com desenvoltura, foi criado um jornal, enfim, todas essas atividades favoreciam a interação dos jovens daquela época.


José Farias na Praça Ernesto Queiroz


O meu tio José Farias (1933) contou-me que aos domingos, após o catecismo, o espaço em frente à igreja enchia-se de gente, todos ansiosos para ver e também participar das atividades criadas pelo Padre Duarte. Ainda não havia a praça, era chão batido em um largo retangular.

A Praça Padre Leão só foi construída na administração do prefeito Joel Inocêncio Gomes de Lima, entre 1952 e 1955. As moças participavam das corridas de sacos, e os meninos disputavam corridas, saindo ao lado da igreja, até o final do largo, onde hoje fica a sorveteria de Olímpio.

O vencedor ganhava, como prêmio, uma sacola grande, com várias guloseimas, feitas na própria cidade. Pirulitos, alfenim, cachimbo, chupeta… feitos de açúcar.

Quem perdia, ganhava uma sacola menor. Zé Farias era o campeão das corridas.

Magro, quando disparava não tinha para ninguém, era um raio, 
adquiriu até a fama de imbatível. 



Juracy Marinho

Um certo domingo, já se achando vencedor, foi batido por Expedito Marinho.

Inconformado, chorando, sem aceitar a derrota, foi consolado pelo padre.

Expedito era irmão de Juracy Marinho(foto) e Edinalva Marinho.

Zé Farias mantinha uma grande amizade com Juracy, o coroinha do Padre Duarte.

Um certo dia, Juracy vestiu a batina de sacristão, reuniu a meninada e trancaram-se no interior da igreja. Ali foi encenada uma missa, onde todas as hóstias foram distribuídas entre eles. Padre Duarte ficou bravo com o ocorrido, pois ficou impossibilitado de comungar os fiéis por mais de uma semana. Levou o coroinha até a presença do pai e relatou a presepada deste. Aquilo foi uma blasfêmia e o castigo foi necessário.

Juracy cresceu, e como era comum aos rapazes da época, foi para a capital tentar uma vaga em uma das Forças Armadas. Conseguiu ingressar na Marinha do Brasil. Não era fácil, até porque a concorrência era grande. Viajou muito, conheceu vários países mundo afora, mas o seu maior desejo era conhecer a Itália. Era ali coladinho que ficava o Vaticano, nem cogitava a possibilidade de ver o Papa João XXIII pela janelinha, porém, já seria muito grato passear pela Praça São Pedro.

Enfim, esse dia chegou, estava no Vaticano. Os marinheiros, divididos em grupos, observavam deslumbrados aquele conjunto arquitetônico barroco, estavam encantados com a beleza esplêndida daquele local. Realmente, estava em êxtase, quando foi chamado por colegas em um grupo à sua frente. “Juracy, tem um padre brasileiro aqui, disse que é do Estado de Pernambuco, queria saber se tinha alguém do Estado dele, venha falar com ele” Juracy se dirigiu às pressas até o sacerdote e este lhe perguntou de qual cidade ele era natural. Falou que era de Custódia. Então, o padre ainda lhe fez outra pergunta. -Você é filho de quem?

-Sou filho de Olímpio Marinho.

-Ah! então foi você que comeu todas as minhas hóstias

Foi uma gargalhada geral dos seus colegas de farda. Naquela época não se usava o termo bullying, mas Juracy foi importunado toda viagem de volta, com o apelido de “papa hóstia”.



Igreja Matriz em 1944

O Padre Duarte foi transferido de Custódia para a distante região do Norte do Brasil, por determinação do bispo de Pesqueira, no ano de 1945 ou 1946, por denúncia de assédio sexual. Fato não comprovado, ninguém testemunhou e não foi investigado categoricamente nada sobre esse assunto.

Entendo que este episódio, supostamente pode ter tido uma conotação política, uma vez que foi justamente na casa paroquial no ano de 1944, onde se deu o “banquete conspiratório”, com a presença do então Interventor do Estado, Etelvino Lins, que culminou com a ascensão ao poder local do industrial, dono do curtume, José Estrela, em detrimento do então Prefeito Ernesto Alves de Queiroz, nomeado pelo Interventor Agamenon Magalhães no ano de 1939.



Padre Duarte bem velhinho

O que fica claro, é o esquecimento e o não reconhecimento por parte das pessoas influentes da nossa cidade, da grande importância que teve o Padre Antônio Duarte, para nossa comunidade. Não existe nenhuma homenagem edificada ao padre que tanto contribuiu para o progresso da nossa terra. Pessoas que vivenciaram aquela época áurea, quase todas já se foram, logo a sua memória cairá em total desconhecimento para os habitantes da nossa cidade.

Termino essa crônica com uma estrofe de uma poesia em versos, de autoria do Padre Duarte, recitada pela menina Joany Pereira, nas comemorações do aniversário do Prefeito Ernesto Queiroz, no dia 20 de julho de 1940.

“Eu sou bem pequenininha,
mas já sei também, falar;
nesta cena meus senhores,
vem Joany representar;
nós estamos hoje em festa,
hoje em festa estamos nós,
porque é aniversário
do Ernesto de Queiroz!



Jorge Remígio.
Recife-PE
maio de 2025.




Fonte de pesquisa.

Livro. Um Coronel Sem Patente, de Ernesto Queiroz Júnior
Livro. Caminhos do Afeto, de Sevy Oliveira
Livro. A Baraúna, de José Carneiro de Farias Souza.

Agradecimentos a José Farias Souza (1933), Genésia Rezende (1920), Ozanira Farias Remígio (in memoriam, 1922-2010) e Olímpio Marinho pelos importantes relatos e informações preciosas.

Chegada do Padre Leão Pedro Verzeri ao sertão (1918)


 

Segundo matéria entitulada Diário dos Municipios, na edição de 16 de Fevereiro de 1918, do Diário de Pernambuco, foi noticiada a chega do Padre Leão Pedro Verseri, ao municipio de Alagoa de Baixo. Na época, a Vila de Custódia, pertencia a localidade, hoje chamada de Sertãnia. 

Foi recebido por um grande número de pessoas, entre as principais: o coronel Francisco Lopes, chefe político local; Manoel Coelho L. de Albuquerque Né; Esperidião de Sá, Manuel Laet Cavalcanti, Antônio Lopes, Durval O'leron Barreto e Jaime B. de Menezes.

No mesmo dia, foi oferecido um jantar na residência do professor Jaime Bezerra de Menezes,  a recepção foi calarosa, com muitos gritos de "viva" ao padre Leão, pelo visto a população ficou satisfeita com a chegada de um novo Vigário. 



Em 1980 o Governado Marco Maciel inaugurava acesso a cidade pela BR-232.



Em dezembro de 1980, Marco Maciel esteve em Custódia, o Governador do Estado, veio inaugurar um acesso à cidade, de dois quilometro de extensão (entrada as margens da BR-232, que vai da AABB até sair no S, no bairro do Cruzeiro). Além dessa inauguração, houve mais outras 14 (catorze obras inauguradas), nessa mesma visita, um marco para a cidade de Custódia.

Essa obra fazia parte das diretrizes do então governo. Visava melhorar os acessos das cidades, se chamava Projeto Asa Branca. A obra foi realizada pela empresa COBALPA, e teve um custo de Cr$ 2,9 milhões (dois milhões e novecentos mil cruzeiros). 

20 maio, 2025

Tambaú homenageia quem cuida diariamente da limpeza da cidade


 

No último dia 16 (sexta feira) a Tambaú Alimentos homenagiou quem cuida da limpeza das nossas ruas, praças e cidades com tanto esforço e dignidade: os(as) garis! 

Junto a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania de Custódia, a Tambaú fez parte de uma ação com os garis da cidade. A celebração contou com um café da manhã especial, distribuição de EPIs (equipamentos de proteção individual) e kits da Tambaú. Além de promover campanhas de vacinação contra o tétano, hepatite e gripe. 

A Tambaú reconhece e valoriza esses profissionais incríveis, que todos os dias fazem a diferença com responsabilidade e respeito.

17 maio, 2025

Ponto de Cultura Grupo de Danças Luar do Sertão completa 23 anos



O Ponto de Cultura Grupo de Danças Luar do Sertão comemora hoje 23 anos de sua primeira apresentação.

Foi criado no dia 17 de maio de 2002, por inspiração da professora Terezinha de Queiroz Amaral, cujo objetivo é preservar, valorizar e expressar a cultura popular de Pernambuco e do nosso município.


Terezinha Queiroz
Fundadora


Primeira apresentação ocorreu em agosto de 2002 mostrando os ritmos da Ciranda e do Caboclinho, e no mês seguinte do mesmo ano, se apresentaram durante as festividades de Emancipação Política de nosso municipio, em setembro de 2002, mostraram a população o nosso maracatu.




O grupo é composto por jovens que no auge de sua juventude expressam a beleza ritmada de nossas danças folclóricas. A musicalidade é enfatizada através do: Maracatu, Coco, Ciranda, Xote, Forró, Samba, Caboclinhos, Frevo, Carimbo, Junino, Xaxado entre outros. 




FOLIANÇA


O Ponto de Cultura tem ainda o bloco Foliança, que durante a semana pré carnavalesca, desfila pelas ruas da cidade, com destaque para as crianças.


Ubiratania Queiroz Batista
Coordenadora


O Grupo de Danças Luar do Sertão tem como coordenadora e coreógrafa a professora Ubiratânia Queiroz Batista. 

Participações em eventos de grande porte, como no São João de Caruaru e Campina Grande. Eventos internacionais estão no seu currículo, onde mais de 6 países conferiram suas apresentações. 

Ao longo de seus 23 anos de fundação, muito trabalho vem sendo realizado com muita dedicação  expressando assim a cultura popular pela dança, despertando alegria e amor.

São nestas manifestações populares que encontramos nossas raízes.

14 maio, 2025

Praça Padre Leão na década de 90



Uma recordação de nossa cidade, da década de noventa, visão parcial do prédio do Banco do Brasil, ao fundo residência de D. Coraci Pinheiro, antiga Farmácia Pronto Socorro, e uma bodega da família do sr. Ananias Tomaz. Na época, a antiga Praça Padre Leão tinha estacionamento na parte interna do espaço. 


09 maio, 2025

Sabarzinho, um bar que marcou a geração dos anos 70's


Praça Padre Leão
Sabarzinho/1980


Sabarzinho foi um dos bares mais cultuados em Custódia pela geração Pós 1964, situava-se em cima da Praça Padre Leão, onde até pouco tempo, havia uma fonte luminosa.

Surgiu como um empreendimento do meu pai, 
Dr. Pedro Pereira Sobrinho.

Era um ambiente sadio, 
as famílias iam completas, as moças frequentavam sem problema, os pais assim permitiam, diferente de outros bares, que em seu interior havia jogos. 

Muitos jovens fizeram suas primeiras farras nele. Muito namoro começou no bar, com sua radiola e com embalos da discoteca.

Foi à primeira construção em laje pré-moldado em Custódia, pioneiro em muita coisa para a época. 



Inauguração do Sabarzinho

Primeiro plano:
Dr. Pedro Pereira, Anfilófio Feitosa, Adauto Pereira, João Miro da Silva e o padre Luiz Klur

Por trás:
Maria Lenilda, Maria Lenira, Jussara Burgos e Zezinho de Diva


Um dos primeiros administradores foi Zezinho de Diva, com ajuda do meu tio Genildo Pereira. Também foi administrado por um bom tempo por Ogival Gorgonho da Nóbrega. Um dos garçons mais famosos que o local já teve, foi Camarão, mais conhecido por Macaquinho (hoje funcionário da Funasa). Um dos últimos administradores foi João Amaral

A época de ouro do sabarzinho foi em 1975, tempo em que estava sendo construindo o asfalto na cidade pela Construtora Queiroz Galvão.

Os clientes mais assíduos do local eram: João FernandesAntônio Medeiros “Totonho”Dr. José Agapto Moura, Fernando, Silvio Carneiro e Osmar Simões. 

Com a chegada dos bancos, apareceram novos bares mais modernos como do senhor Chiquinho Amaral e o Casarão, com isso, o Sabarzinho foi perdendo espaço.

O curioso é que ele nunca teve cozinha em seu interior, coisa que os outros bares tinham. 

Por Paulo Peterson

04 maio, 2025

“Um campeão não é definido por suas vitórias, mas por como ele se recupera após falhar.” - por Lindinalva Almeida

Vigésimos Oitavos Jogos Escolares de Custódia-PE 2025
Escola Nossa Senhora Auxiliadora

“Um campeão não é definido por suas vitórias, mas por como ele se recupera após falhar.”

O futebol é um esporte envolvente, capaz de transmitir essa paixão às gerações futuras. Com isso, criam-se laços incondicionais com o time do coração. Digo isso em relação ao Santa Cruz e ao São Paulo — times que amo com paixão. Esse sentimento foi transmitido por Arnaldo a mim, aos filhos Gleisson e Paulo, e aos nossos netos: Pedro José, Arthur, Heitor e Guilherme. Estendeu-se ainda aos meus sobrinhos Plínio Fabrício e Laamon, e fortaleceu-se com Lypson e Venâncio, que já eram tricolores de coração. Essa paixão vem dos tempos de colégio, em Recife. É um sentimento forte, independente do contexto em que estejamos. E é com esse sentimento de pertencimento que eu digo: Viva meu Santinha e viva o São Paulo!

O futebol tem suas origens na China por volta de 3.000 a.C. Já o futebol moderno surgiu na Inglaterra, em meados do século XIX.

Inicialmente, era um esporte ligado às elites, mas se popularizou entre a classe trabalhadora, espalhando-se por todo o planeta.

Lições do futebol:

Saber conviver com a adversidade e abraçá-la é o que faz toda a diferença.

O futebol ensina, ainda, diversos valores e habilidades que vão além do campo ou da quadra, como disciplina, trabalho em equipe, foco, resiliência e a capacidade de lidar com a frustração e o fracasso.

É bonito ver crianças que se dedicam e se entregam nesse período tão curto dos Jogos Escolares. Esses momentos são tão envolventes que deixam pais, avós, tios, familiares e a torcida com os nervos à flor da pele.



Na quadra, a equipe da Escola Nossa Senhora Auxiliadora jogou bonito! Os goleiros Luiz e Matheus defenderam sua rede com garra. João Guilherme, Guilherme Ferraz, João Neto, Otávio, João Miguel e Davi Luiz foram o equilíbrio do jogo. Isaque, José Arthur e Túlio marcaram os gols tão esperados. Túlio, com seu chute forte e certeiro, fez a diferença no placar. Isaque, que carrega na bagagem vários gols em seus dois anos na equipe da ENSA, é um grande jogador! Arthur, com sua habilidade, sabia a hora certa de colocar a bola na rede. Belos gols! Foi o artilheiro, com 8 gols.

Os jogos, quando acabam, deixam saudades.

Mesmo sendo uma correria para os pais e mães, que deixam seus compromissos para estarem presentes nesses momentos únicos e inesquecíveis na vida de pais e filhos.

Gostei da empolgação dos pais, expressa em gritos, aplausos, palavras de incentivo e coragem!

Gleisson e Ilka, Dr. João e Margô, Daniel e Derlane, Everton e Virgínia, Marcílio e Micaela, Sandro e Roberta, Leonardo e Lucineide, Ademir e Ana Nere, Edirlan e Cacá, Sandra ... .Os avós: Arnaldo, Nenê, Ruth e Rosa. E os tios: Júnior Amaral, Janielle Maria e Josete.

Todos viram o amor que essa equipe brilhante tem pelo futebol e por defender sua escola. A união dobrou o esforço para vencer todas as partidas. Jogaram muito bem! E chegaram à semifinal com disposição para 2026. Avante!

“Não tenham medo de falhar. Esse é o caminho para o sucesso”.

A equipe de Heitor fez alguns gols, mas não foi suficiente para passar de fase. Valeu, meu amor! Aguardemos 2026.

Espero em Deus e na proteção da Virgem Maria que, em 2026, todos estejam com saúde e paz para o Grito de Campeão.

Meu abraço de carinho aos “pequenos grandes jogadores”.

Ao treinador Jardiel, meu respeito e admiração pela dedicação.

Lindinalva – Nenê
Custódia-PE
maio de 2025.

 

Poeta Pedro Henrique Alves


 
Pedro Henrique Alves, filho de Henrique Francisco Alves e Maria Silvina da Conceição, nasceu no dia 10 de abril de 1946, no sítio Sabá em Custódia. Estudou apenas até a 4ª série do 1º Grau (hoje 4ª série do Ensino Fundamental). Trabalhou como Agricultor e Vigilante do Banco do Brasil, hoje é aposentado.

Em 2011, lançou no Auditório da Secretária de Educação de Custódia, seu livro: Sertão Versos & Poesia, onde aborda vários temas do passado e do cotidiano, relatando assim a verdadeira poesia do povo sertanejo, realizando assim seu grande sonho que era de colocar seus versos e poesias, que antigamente eram escritos e mostrados em pedacinhos de papel. 


Canal Musicalizando (Marcelo Moura)



Canal Mano Amigo (José Luis)



Reporter Matuto do Sertão