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26 março, 2021

Nem Davanira simboliza tanto as Casas José Araujo como Seu Jurandi (natural de Custódia)

 


Por MARIANA MESQUITA
09/10/2017
Por Aqui


Grande parte dos funcionários das Casas José Araújo, que segue no coração fregueses, se orgulha de fazer parte da empresa por dez, vinte, trinta anos ou mais. No salão da única remanescente da rede na Tamarineira, muitos têm histórias para contar desde o tempo em que a loja foi inaugurada e tinha uma escada rolante que fazia a festa das crianças. Porém, em matéria de tempo de serviço ninguém bate Jurandi Bezerra de Messias – Jurandi “sem r”, como ele faz questão de ressaltar.

Natural de Custódia, no Sertão pernambucano, ele veio trabalhar na filial da Rua Duque de Caxias em 1956, por indicação do padre Duarte, de Pesqueira. De lá para cá, já são quase 61 anos de dedicação à empresa. Certamente, ele não ficou tão famoso como a personagem Davanira, que foi interpretada num dos comerciais mais famosos da loja pela hoje advogada Veruska Lins, mas é um símbolo imbatível da empresa.


Dono de uma memória invejável, seu Jurandi gerencia o setor de decoração da loja e conhece cada detalhe. “Aqui o sortimento é muito grande, temos de panos baratos, de R$ 7 o metro, até tecidos para vestido de noiva que custam mais de mil reais”, comenta. Simpático, ligeiro, de fala mansa e olhar esperto, seu Jurandi entende de tudo: estoque, estampa, textura, valor, fabricação… E nós da reportagem do PorAqui pudemos conferir como é necessário e querido.

A conversa foi interrompida por três funcionários diferentes pedindo informações e autorização, e por uma cliente antiga, que parou para cumprimentá-lo. Aos 84 anos, Seu Jurandi está aposentado mas não quer parar de trabalhar, contrariando a vontade da esposa, dos filhos e das netas. “Minha vida é isso aqui”, sorri.

Você conhece ou sabe como nós podemos encontrar Veruska Lins? 

Envia uma dica para o e-mail colabore@poraqui.news

Queremos também contar a história da menina que interpretou a inesquecível Davanira.


4 comentários:

  1. Consoante conversa com uma das irmãs de Jurandi "Burana", o mesmo apresenta alguns sinais de Alzheimer. Mesmo assim, via de regra, comparece ao antigo emprego.

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  2. As casa José Araújo era mesmo a vida dele,descanse em paz meu tio.

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  3. Agradeço ao Grupo das Casas José Araújo pelo respeito com o meu pai. Em contrapartida reconhecemos que funcionários dedicados com honestidade no nível do meu pai é quase impossível se encontrar. Como filho presenciei papai por diversas vezes tendo delírios como se estivesse trabalhando falando com os gerentes Carlos e Jailson, mexia com as mãos como se estivesse verificando a textura do tecido das camas. Ou seja, faleceu com sintomas de parkison e demência mas com o cérebro programado ainda no trabalho. Durante a enfermidade em sua demência rezou muito, pensou no trabalho e teve ainda a vontade própria de nos beijar (filhos) e pedir perdão como se isto fosse necessário. Infelizmente só reconhecemos a grandeza de um ser humano quando ele não esta mais em nosso mundo. Sinto o prazer de ter o privilegio de ter um pai de família simples do interior e morrer como um NOBRE. Deus te acompanhe meu pai ,palavras que ele sempre passava para mim quando me despedia dele.
    José Alcides B. Bezerra.

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  4. Jurandi "Burana". Mais uma reserva moral de Custódia que parte para o Oriente Eterno. Que o Grande Arquiteto o tenha na sua glória..
    Fernando Florencio
    Ilheus\Bahia.

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